A Polícia Federal vai indiciar os golpistas presos em flagrante na noite deste domingo (8) em Brasília por suspeita de crimes cometidos nos atos de vandalismo.
Segundo fontes da PF, cerca de mil bolsonaristas serão levados para o Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal. Até o momento, já são aproximadamente 1.500 detidos, de acordo com o ministro da Justiça e Segurança Pública Flávio Dino.
Os manifestantes extremistas entraram na Esplanada dos Ministérios na tarde de domingo e invadiram o Palácio do Planalto, o Congresso e o STF (Supremo Tribunal Federal), depredando as sedes dos Três Poderes na capital federal.
Os golpistas vieram na maioria do acampamento diante do Quartel-General do Exército em Brasília.
Segundo o presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), 44 pessoas foram detidas em flagrante pela Polícia Legislativa. Na noite de domingo, em torno de 200 pessoas já haviam sido presas pelos ataques contra a democracia.
Na manhã desta segunda-feira (9), a PM do Distrito Federal e a Polícia do Exército conduziram o esvaziamento da área do quartel-general do Exército.
A ideia da cúpula militar era pressionar bolsonaristas a se retirar do local de maneira pacífica, evitando confronto. Alguns golpistas, contudo, mostraram resistência. Um manifestante que xingava as forças de segurança foi detido.
A ação ocorreu após a determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), dando 24 horas para a retirada de todos os manifestantes acampados no local.
Segundo o Ministério da Justiça, cerca de 1.200 bolsonaristas foram conduzidos presos para a superintendência da PF, em dezenas de ônibus cedidos pelo Governo do Distrito Federal.
Os ministros José Múcio (Defesa) e Rui Costa (Casa Civil) e o secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, designado interventor federal, acompanharam a desocupação do acampamento golpista no DF.
Moraes determinou ainda o afastamento do cargo do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB). O GDF é responsável pela segurança na região da Esplanada. A suspensão estabelecida pelo ministro do STF vale por 90 dias.
O então secretário de segurança pública e ex-ministro de Bolsonaro, Anderson Torres, foi exonerado ao longo do domingo e teve a prisão solicitada pela AGU (Advocacia-Geral da União).
A determinação de Moraes ocorreu horas após bolsonaristas radicalizados protagonizarem atos de vandalismo em Brasília.
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