BRASÍLIA - O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Alexandre de Moraes, recebeu nesta quarta-feira (24) comandantes das Polícias Militares e discutiu com eles a seguranças das eleições.
Após o encontro, o comandante da PM de Rondônia, coronel James Padilha, disse que os presentes afastaram a tese de que policiais podem atrapalhar o pleito por alinhamento a algum candidato.
"Cada um dos comandantes foi enfático e uníssono em externar que as tropas estão sob controle. Temos tropas ordeiras e disciplinadas", disse o militar.
"Tem sim militares concorrendo, mas isso não tem afetado a gestão e a tranquilidade dentro da corporação sobre o pleito eleitoral", afirmou ainda Padilha.
A maioria dos comandantes ainda teria dito que não espera dificuldades para manter a ordem nas eleições.
Há entre integrantes do TSE receio sobre a radicalização de policiais alinhados ao presidente Jair Bolsonaro (PL), mas este tema não entrou na pauta da reunião.
A PM tradicionalmente participa das operações de segurança nos dias de eleições. Alguns estados também pedem ajuda das forças federais de segurança. O TSE ainda não avaliou os pedidos deste ano.
Moraes tem feito encontros com autoridades dos Três Poderes desde que assumiu, no último dia 16, o comando do TSE. Ele recebeu na segunda-feira (22) o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.
No dia seguinte, teve encontros com o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, e com o diretor-geral da PF (Polícia Federal), Márcio Nunes de Oliveira.
Na reunião com Nogueira, Moraes confirmou que o TSE reabriu discussões sobre as propostas das Forças Armadas para as eleições, mas não prometeu acatar as mudanças.
Técnicos do TSE consideram que há pouca margem para mudar o formato do teste de integridade das urnas que é feito no dia das eleições, principal pedido dos militares.
Participaram da reunião desta quarta-feira representantes das polícias de todos os estados e do Distrito Federal.
Moraes também recebeu o presidente em exercício do TCU (Tribunal de Conta da União), Bruno Dantas, que entregou ao magistrado documentos de auditorias sobre o processo eleitoral.
Em julho, o TCU aprovou relatório afirmando que não havia identificado riscos relevantes à realização das eleições de 2022.
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