O comércio foi o setor que puxou a geração de vagas no trimestre encerrado em dezembro, com 376 mil contratados a mais que no trimestre terminado em setembro. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados nesta sexta-feira (31) , pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
"Não é que só o comércio que tem contratado, mas ele é que se destaca", apontou Adriana Beringuy, analista da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE, ressaltando que o setor também se destacou na geração de empregos com carteira assinada, mesmo que temporários.
As contratações de trabalhadores temporários pelo comércio são um movimento sazonal, característico do fim do ano, que tradicionalmente contribui para o recuo na taxa de desemprego.
"O ponto de final de ano com certeza tem efeito da sazonalidade. Há anos em que temporários são dispensados no primeiro trimestre do ano seguinte, há anos em que não. O que a gente sabe é que no quarto trimestre (de 2019), a sazonalidade foi bastante intensa. Agora, o aproveitamento dessa sazonalidade para 2020 a gente tem que aguardar", confirmou Adriana Beringuy.
A taxa de desocupação diminuiu de 11,8% no trimestre encerrado em setembro para 11,0% no trimestre terminado em dezembro.
"Isso tem a ver com mais contratação, principalmente a partir do terceiro trimestre. Teve expansão da população ocupada em diversas atividades. O aumento da ocupação no quarto trimestre foi generalizado", disse Adriana Beringuy.
Na passagem do trimestre terminado em setembro para o trimestre encerrado em dezembro, houve contratações também nas atividades de outros serviços (+151 mil ocupados), indústria (+112 mil), serviços domésticos (+56 mil), administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (+49 mil), alojamento e alimentação (+179 mil), transporte (+27 mil) e informação, comunicação e atividades financeiras (+10 mil).
Por outro lado, houve demissões na agricultura, pecuária, produção florestal pesca e aquicultura, com 178 mil trabalhadores a menos em um trimestre, e na construção, menos 38 mil.
Em relação ao patamar de um ano antes, todas as atividades geraram vagas, com exceção da agricultura, que perdeu 56 mil trabalhadores ante o trimestre até dezembro de 2018. As contratações ocorreram na indústria (388 mil vagas a mais), informação, comunicação e atividades financeiras (+221 mil), transporte (+148 mil), alojamento e alimentação (+282 mil empregados), outros serviços (+221 mil pessoas), administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (+216 mil vagas), comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (+272 mil vagas), serviços domésticos (+129 mil) e construção (+14 mil trabalhadores).
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