Mais dois casos de varíola dos macacos foram registrados no Estado do Rio de Janeiro, que agora tem quatro pacientes vítimas da doença. Os dois casos mais recentes foram confirmados no município do Rio, que já tinha um caso registrado e agora passa a três no total. O quarto caso é de um morador de Maricá, na Região Metropolitana do Rio.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde do Rio, dois homens, de 25 e 30 anos, que moram na cidade e não têm histórico de viagem internacional nem de contato próximo com viajantes, contraíram a doença. Eles apresentam boa evolução clínica e estão em isolamento domiciliar, sendo monitorados diariamente pela Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS), por meio da Coordenação de Informação Estratégica de Vigilância em Saúde (CIEVS-Rio), e assistidos pelo Instituto Nacional de Infectologia da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Identificada pela primeira vez em macacos, a doença viral geralmente se espalha por contato próximo e ocorre principalmente na África Ocidental e Central. Raramente se espalhou para outros lugares, então essa nova onda de casos fora do continente causa preocupação. Existem duas cepas principais: a cepa do Congo, que é mais grave, com até 10% de mortalidade, e a cepa da África Ocidental, que tem uma taxa de mortalidade de cerca de 1%.
O vírus pode ser transmitido por meio do contato com lesões na pele e gotículas de uma pessoa contaminada, bem como através de objetos compartilhados, como roupas de cama e toalhas. O período de incubação da varíola dos macacos é geralmente de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias.
Os sintomas se assemelham, em menor grau, aos observados no passado em indivíduos com varíola: febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas durante os primeiros cinco dias. Erupções cutâneas (na face, palmas das mãos, solas dos pés), lesões, pústulas e, ao final, crostas. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), os sintomas da doença duram de 14 a 21 dias.
De acordo com o Instituto Butantan, entre as medidas de proteção, autoridades orientam que viajantes e residentes de países endêmicos evitem o contato com animais doentes (vivos ou mortos) que possam abrigar o vírus da varíola dos macacos (roedores, marsupiais e primatas) e devem se abster de comer ou manusear caça selvagem.
Higienizar as mãos com água e sabão ou álcool gel são importantes ferramentas para evitar a exposição ao vírus, além do contato com pessoas infectadas.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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