Neste sábado (8), o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF) decretaram luto em homenagem aos 100 mil brasileiros mortos pelo novo coronavírus. O Congresso decretou luto de quatro dias, enquanto no STF a homenagem durará três dias.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), informou, no Twitter, que o Congresso decretou luto oficial de quatro dias em solidariedade "a todos os brasileiros afetados pela pandemia e às vítimas desta tragédia". Com o luto oficial, as sessões na Câmara e no Senado só serão retomadas na quarta-feira (12).
"Hoje é um dos dias mais tristes da nossa história recente. O Brasil registra 100 mil vidas perdidas para a Covid-19. O Congresso Nacional decreta luto oficial de 4 dias em solidariedade a todos os brasileiros afetados pela pandemia e às vítimas desta tragédia", escreveu Alcolumbre.
O presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, também publicou mensagens nas redes sociais em solidariedade aos familiares das vítimas da doença. Além dele, o presidente do Supremo, Dias Toffoli, por meio de nota, lamentou as mortes e desejou que "a fé e a Ciência" sejam os guias do país na busca por soluções para o problema.
De acordo com a decisão de Toffoli, o Supremo não vai realizar "celebrações, comemorações ou festividades". O presidente do STF divulgou uma mensagem de solidariedade às famílias daqueles que perderam a vida por causa do novo coronavírus. "Os reflexos e as dores oriundas da pandemia são inúmeros e imensuráveis. Mas a maior de todas as dores é, sem dúvida, a perda de alguém que amamos. Isso é algo que jamais pode ser restituído ou compensado", afirmou Dias Toffoli na mensagem.
Em março, Alcolumbre foi diagnosticado pela Covid-19 e permaneceu duas semanas em quarentena domiciliar. Ele retomou as atividades depois disso. O Senado, porém, realiza sessões remotas para evitar o risco de disseminação da doença no Congresso Nacional. A retomada dos trabalhos presenciais, inicialmente prevista para agosto, é incerta. Quando o país atingiu 10 mil mortes, o Congresso decretou três dias de luto.
"Não podemos nos conformar, nem apenas dizer #CemMilEdaí. São mais de 100 mil mortos; 100 mil famílias que perderam entes para a Covid. Que a ciência nos aponte caminhos e que a fé nos dê esperança", escreveu o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro.
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PC do B), também repercutiu a marca de 100 mil mortes nas redes sociais. "Quem disse que poucos morreriam? Quem gerou aglomerações em passeios irresponsáveis? Quem sabotou uso de máscaras? Quem debochou das mortes, alegando não ser coveiro? Quem divulgou remédios "milagrosos", sem ser médico? São as perguntas do Tribunal da História para Bolsonaro", escreveu Dino.
Até a publicação deste texto, o presidente Jair Bolsonaro não havia se manifestado.
O Brasil já registrou 100.240 mortes causadas em consequência do Covid-19. Desde as 20h de ontem (7) foram mais 538 óbitos, informou o consórcio de imprensa formado por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL. Desde as 20h de ontem também foram diagnosticados 21.732 novos casos. O total de pessoas que têm ou já tiveram a doença no país chega a 2.988.796.
Com informações da Agência Estado e FolhaPress
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