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Conselho de Medicina abre processo contra médico preso por estupro no RJ

Conselho de Medicina abre processo contra médico preso por estupro no RJ

Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro informou ter aberto um procedimento cautelar para a imediata suspensão de Giovanni Quintella Bezerra

Publicado em 11 de julho de 2022 às 18:53

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O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) informou ter aberto um procedimento cautelar para a imediata suspensão do médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra.

Médico anestesista foi flagrado estuprando paciente que passava por cesárea no RJ
Médico anestesista foi flagrado estuprando paciente que passava por cesárea no RJ. (Reprodução/TV Globo)

Bezerra foi preso em flagrante na madrugada desta segunda-feira (11) pelo estupro de uma paciente que estava dopada e passava por uma cesárea no Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, município na Baixada Fluminense.

A prisão foi realizada depois que funcionários da unidade de saúde filmaram o anestesista colocando o pênis na boca da paciente durante a cirurgia.

Em nota, o advogado Hugo Novais, que defende o anestesista, disse que ainda não teve acesso aos depoimentos "e elementos de provas que foram produzidos durante a lavratura do auto de prisão em flagrante". "A defesa informa também que após ter acesso a sua integralidade se manifestará sobre a acusação", encerra a nota.

O Cremerj disse que a decisão de abrir o procedimento para a suspensão imediata foi tomada devido à gravidade do caso. Também foi instaurado um processo ético-profissional, que poderá resultar na cassação do médico.

A Sociedade de Anestesiologia do Estado do Rio de Janeiro emitiu nota de repúdio sobre o caso, que foi revelado pela TV Globo.

"Esse tipo de comportamento é um completo absurdo e estamos confiantes de que as autoridades competentes irão apurar o que de fato ocorreu e punir o médico com todo o rigor, caso fique comprovado o crime", diz trecho da nota publicada no site do órgão.

Conforme a sociedade de anestesiologia, Giovanni Quintella Bezerra não faz parte do quadro de membros ativos.

Segundo a polícia, desconfiadas da postura do médico, enfermeiras do hospital decidiram usar um aparelho de telefone celular para registrar o que ele fazia durante as cirurgias.

O suspeito foi indiciado por estupro de vulnerável, cuja pena varia de 8 a 15 anos de prisão.

Nas imagens, a paciente aparece deitada na maca, inconsciente. Um lençol estendido sobre duas barras de ferro separa os demais médicos, que fazem a cesariana, de Bezerra, que está em pé próximo à cabeça da mulher.

Em determinado momento, ele retira o pênis de dentro da calça e o coloca na boca da paciente, enquanto olha para os lados seguidas vezes. A violência se estende por cerca de 10 minutos. Ao fim, o anestesista limpa com um lenço o rosto da vítima e o próprio pênis.

A prisão foi realizada pela delegada Bárbara Lomba, da Delegacia de Atendimento à Mulher de São João de Meriti. Em imagem veiculada pela TV Globo, o médico manifesta surpresa quando a delegada anuncia sua prisão pelo crime de estupro.

Frascos do sedativo utilizado pelo suspeito foram apreendidos e funcionários do hospital prestaram depoimento na delegacia. As investigações seguem para apurar outras possíveis condutas criminosas do médico.

Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde e a direção do Hospital Estadual da Mulher Heloneida Studart afirmaram que foram acionadas pela equipe médica e reportaram o crime à Polícia Civil. Bezerra foi preso em flagrante no hospital.

Segundo a secretaria, o médico não é servidor do estado. "Ele tem título de especialista em anestesiologia, CRM [registro profissional] regular e prestava serviço há seis meses como pessoa jurídica para os hospitais estaduais da Mãe, da Mulher e Getúlio Vargas", diz nota do órgão.

O hospital afirma que abriu uma sindicância interna para tomar as medidas administrativas e notificou o Cremerj.

A audiência de custódia do anestesista será na tarde desta terça-feira (12), na Central de Audiência de Custódia de Benfica. Nesta ocasião, o juiz decide se converte a prisão em flagrante em preventiva ou se coloca o suspeito em liberdade.

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