Cresceu nos últimos quatro anos a proporção de brasileiros com 18 anos ou mais que costumavam ingerir bebida alcoólica uma vez ou mais por semana. A alta foi puxada pelas mulheres, que tiveram aumento considerável no consumo frequente de álcool.
De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde 2019 divulgada nesta quarta-feira (18) pelo IBGE, o percentual da população feminina que consumia bebidas alcoólicas cresceu 4,1 pontos percentuais frente a 2013 (indo de 12,9% a 17%), enquanto o percentual dos homens caiu (de 37,1% para 36,3%), queda considerada estável.
Os dados não englobam o período da quarentena decorrente da pandemia do novo coronavírus, onde se estabeleceu também uma tendência de aumento de consumo de álcool e drogas.
A alta entre as mulheres puxou também a média nacional, que subiu de 23,9% em 2013 para 26,4% no ano passado, no que diz respeito ao consumo de álcool uma vez ou mais por semana. Já a ingestão uma vez ou mais por mês, no Brasil, ficou em 30%, variando de 20,5% na região Norte a 35,6% no Sul.
A região Norte, por sua vez, apresentou o maior percentual (23,4%) de brasileiros que dirigem depois de beber. No Sul, essa proporção foi menor (14,8%). Este percentual, para o Brasil, foi de 17%, o equivalente a 7,2 milhões de pessoas.
Esse indicador é bem maior entre os homens (20,5%) do que entre as mulheres (7,8%). Na análise por idade, os condutores de 25 a 39 anos apresentam maior proporção de combinação entre bebida e direção (21,2%), enquanto idosos de 60 anos ou mais ficam bastante abaixo (11%).
A pesquisa estimou a proporção de indivíduos que conduziram veículo motorizado, carro ou motocicleta, após o consumo de bebida alcoólica, independentemente da quantidade ingerida.
O consumo de álcool ainda é mais frequente entre aqueles com nível superior completo, ficando em 36%, enquanto entre os adultos sem instrução e com o fundamental incompleto esse percentual fica em 19%.
De acordo com o IBGE, os resultados indicam uma prevalência de consumo abusivo de álcool, nos últimos 30 dias anteriores à entrevista, de 17,1%, sendo 26% para os homens e 9,2% para as mulheres. A proporção foi maior entre as pessoas de 25 a 39 anos de idade (23,7%) e de 18 a 24 anos de idade (22,9%).
Em contrapartida, segundo a pesquisa, o tabagismo está em declínio no Brasil. Em 2019, entre a população com 18 anos ou mais de idade, a prevalência de usuários de produtos derivados de tabaco, fumado ou não fumado, de uso diário ou ocasional, foi de 12,8%, contra 14,9% em 2013.
Ainda cresceu a média de brasileiros que praticavam o nível recomendado de atividade física no lazer, subindo de 22,7% em 2013 para 30,1% em 2019. Essa proporção é maior entre os homens (34,2%) do que em comparação às mulheres (26,4%).
No entanto, 40,3% dos adultos foram classificados como insuficientemente ativos ? ou seja, pessoas que não praticaram atividade física ou praticaram por menos do que 150 minutos por semana.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta