BRASÍLIA - O coração de dom Pedro 1º chegou a Brasília na manhã desta segunda-feira (22) para uma série de eventos em comemoração aos 200 anos da Independência do Brasil.
É a primeira vez que o órgão do imperador deixa Portugal em 187 anos. O transporte foi feito por uma aeronave VC-99 da FAB (Força Aérea Brasileira).
O presidente da Câmara Municipal de Porto, Rui Moreira, acompanhou o voo e participará das celebrações.
O coração foi levado ao Itamaraty pela manhã. Nesta terça-feira (23), haverá cerimônias no Ministério de Relações Exteriores e no Palácio do Planalto para comemorar a chegada da relíquia.
O órgão está imerso em um vaso de vidro cheio de formol, que o tem conservado desde 1834. Ele voltará a Portugal em 8 de setembro.
A decisão de Portugal de emprestar o coração de dom Pedro I para as celebrações no Brasil foi tomada sob críticas de intelectuais de ambos os países.
A vinda da relíquia também é cercada de receios de que o presidente Jair Bolsonaro (PL) use as comemorações do Bicentenário da Independência para reforçar insinuações golpistas.
Há também preocupações envolvendo a conservação do coração. Para evitar problemas, o órgão foi transportado em dispositivo pressurizado e a visitação ficará restrita.
A Câmara Municipal de Porto encomendou uma perícia técnica no coração antes de enviá-lo ao Brasil. Há também um esquema de segurança montado para o retorno do órgão.
O imperador dom Pedro 1º morreu em 1843. Ele foi responsável por declarar a Independência do Brasil. Seus restos mortais estão sepultados na cripta imperial, no Parque da Independência, em São Paulo, e o coração é preservado na capela-mor da Igreja de Nossa Senhora da Lapa, em Porto.
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