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Coronavírus: Minas Gerais e estados do Sul lideram lotação de UTIs no país

Coronavírus: Minas Gerais e estados do Sul lideram lotação de UTIs no país

As capitais da região Sul e Belo Horizonte estão entre as oito com ocupação de leitos de UTI acima de 80%, segundo levantamento da reportagem

Publicado em 23 de julho de 2020 às 15:54

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Governo libera 60 leitos de UTI para tratamento do novo coronavirus no Hospital Jayme Santos Neves, na Serra
Leito de UTI para tratamento do novo coronavírus no Hospital Jayme Santos Neves, na Serra. (Divulgação / Governo do ES)

A visita do ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, a Porto Alegre e Florianópolis entre terça (21) e quarta (22) ilustra o foco atual de preocupação no país com casos graves da Covid-19. As capitais da região Sul e Belo Horizonte estão entre as oito com ocupação de leitos de UTI acima de 80%, segundo levantamento da reportagem feito na segunda (20) e na terça.

Curitiba, um dos primeiros estados a reabrirem comércio e serviços, é agora a capital com maior taxa de ocupação, 92,5%. Apesar de ter passado por 14 dias em lockdown imposto pelo governo estadual, o índice de casos e mortes continua crescendo rapidamente, tanto que nem os 32 novos leitos de UTI criados na última semana, totalizando 324, deram conta da demanda.

No estado do Paraná como um todo, a ocupação passou de 68% para 72%.

Após o lockdown, o prefeito Rafael Greca (DEM) manteve o alerta laranja, de risco médio da pandemia, que proíbe a maior parte dos serviços não essenciais de abrir nos finais de semana. Bares e parques permanecem fechados. Nos dias úteis, no entanto, a maioria dos estabelecimentos segue aberta.

Na terça-feira, Pazuello visitou Porto Alegre, terceira capital com maior ocupação de leitos de UTI, e anunciou a entrega de cem respiradores e um extrator, que amplia a capacidade de testagem RT-PCR, para o estado.

Em 7 de julho, a capital gaúcha tinha 186 pacientes em UTIs. Na última segunda (20), eram 281. No estado, mesmo com o incremento de 48 leitos em uma semana, a ocupação passou de 73,9% para 77,6%.

Florianópolis, por sua vez, declarou "altíssimo risco". São 40 mortes na capital catarinense, que chegou a ficar um mês sem nenhum óbito. O acesso às praias está proibido, exceto para prática de esportes aquáticos.

Já em Belo Horizonte, a taxa de ocupação voltou ao patamar de 91%, mesmo com o aumento de leitos. A capital mineira se manteve no nível de alerta vermelho pela sexta semana seguida.

Desde o fim de maio, quando a prefeitura flexibilizou a quarentena, os casos em Belo Horizonte decuplicaram. A ocupação de leitos e o cenário epidemiológico no estado levaram Kalil a recuar nas medidas, voltando a abrir apenas serviços essenciais --em Minas, apesar da expansão de leitos na rede pública, a taxa de ocupação pouco caiu, passando de 71,4% para 67,2%."?

O Centro-Oeste também preocupa. Em Mato Grosso, o total de leitos de UTI cresceu na última semana, mas a ocupação ainda é de 86,6%. Em Cuiabá, chegou a 91,6%, e 6 das 11 cidades com leitos de UTI bateram em 100% na segunda.

Goiás, apesar do avanço da doença, apresentou ligeira redução na ocupação em uma semana, de 87,6% para 83,4%, devido à implantação de 23 novas vagas. Mas isso não aliviou o quadro em Goiânia, que alcançou 85,1% de lotação.

Em calamidade pública desde o fim de junho, o Distrito Federal viu a taxa de ocupação subir mais seis pontos e chegar a 75,9% dos leitos, apesar da criação de vagas.

No Nordeste, sobressaem Natal e Aracaju. A capital potiguar, que passou mais de um mês com lotação completa, criou oito vagas e recuou para 84,2 % de ocupação (no estado, a lotação é de 86%). Já Aracaju recuou dois pontos, para 82%.

No Rio, estado e prefeitura estão desativando leitos para a Covid-19. A ocupação de UTIs na rede estadual seguia no patamar de 39% nesta segunda, mesmo com a redução de 420 para 125 leitos disponíveis. A capital registrou a primeira alta em um mês, de 67% para 77%, mas nesta terça (21) já operava com 69%.

Em São Paulo, a preocupação é o interior --a capital registra ocupação inferior a 60%, apesar da migração de pacientes de regiões sobrecarregadas. Como um todo, o estado tem 66,5% de seus leitos de UTI ocupados. Pela primeira vez, o interior do estado ultrapassou a capital em casos acumulados: 170.515 a 167.801.

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