Se a capital paulista mantiver o ritmo de novas contaminações de Covid-19 registradas nos últimos sete dias, a cidade deverá chegar à marca de 20 mil casos em um dia em 17 de dezembro.
Esse total é equivalente ao pico visto no fim de abril e início de maio, ápice da pandemia, quando a cidade apontou 19.728 novos infectados confirmados em um período de 24 horas.
A previsão é da Secretaria Municipal de Saúde. "É o momento de muita preocupação", afirma o titular da pasta, Edson Aparecido. "E temos que destacar que em abril e maio havia uma adesão muito maior às medidas sanitárias de isolamento da quarentena", segue ele.
São Paulo registrou um total de 443.695 infectados nesta quinta-feira (10), o equivalente a 14.461 a mais do que quarta (9) - a média móvel (calculada somando o resultado dos últimos sete dias, dividindo por sete) desta quinta aponta 350 casos.
O Brasil registrou 769 mortes pela Covid-19 e 53.425 casos da doença, nesta quinta-feira (10). Com isso, o país chegou a 179.801 óbitos e a 6.783.543 de pessoas infectadas pelo novo coronavírus desde o início da pandemia.
Os dados são fruto de colaboração inédita entre Folha de S.Paulo, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são coletadas diretamente com as Secretarias de Saúde estaduais.
O jornal Folha de S.Paulo também divulga a chamada média móvel. O recurso estatístico busca dar uma visão melhor da evolução da doença, pois atenua números isolados que fujam do padrão. A média móvel é calculada somando o resultado dos últimos sete dias, dividindo por sete.
O país tem mantido o aumento na média móvel de mortes em relação a 14 dias atrás. O valor em questão tem ficado acima de 600 mortes. Todas as regiões, menos o Norte, tiveram saltos superiores a 20% na média móvel de óbitos.
De acordo com os dados coletados até as 20h, a média de mortes nos últimos sete dias é de 642, o que representa aumento de 34% em relação a 14 dias atrás, um cenário de crescimento da pandemia. Nas últimas semanas, o país variou entre situações de queda da média, chegando a uma estabilidade posterior e, recentemente, passando a apresentar crescimentos.
A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorre em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (sem partido), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.
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