O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta quinta-feira (2) que a pasta aprovará a aplicação da quarta dose da vacina contra a Covid-19 — ou a segunda dose de reforço — para pessoas acima de 50 anos.
"A segunda dose de reforço já está autorizada quem tem mais de 60 anos, e vamos ampliar agora para quem tem mais de 50", disse Queiroga, após participação em evento ministerial em Brasília.
A segunda dose de reforço contra a Covid-19 já está autorizada para pessoas com 60 anos ou mais desde meados do mês passado. "Nós temos vacina. O governo federal se preparou para isso", afirmou Queiroga. Os detalhes sobre como funcionará o esquema de aplicação da quarta dose para maiores de 50 anos serão descritos em nota técnica a ser divulgada pelo ministério. Na pasta, a expectativa é que o documento seja publicado nesta sexta.
Ao aprovar a quarta dose para pessoas com 60 anos ou mais, a Saúde recomendou a aplicação quatro meses após a aplicação da primeira dose de reforço. As vacinas apontadas para o esquema foram as das farmacêuticas Pfizer, Janssen e AstraZeneca.
Sobre vacinas como a CoronaVac, de tecnologia diferente das demais, não serem apontadas para o esquema, a pasta disse que aguarda "novas evidências científicas sobre a sua efetividade como doses de reforço em idosos e imunocomprometidos".
A ampliação do público-alvo para a quarta dose se dá em um momento em que o Brasil enfrenta, após flexibilizações, uma alta no número de casos e internações pela Covid-19 e enquanto Estados e municípios voltam a, no mínimo, recomendar o uso de máscaras em locais fechados.
O número de mortes, ainda que expressivo, não tem tido a mesma elevação. Estudos publicados apontam que as vacinas utilizadas no Brasil aumentam a proteção contra a covid-19 mesmo entre pessoas que já tiveram a doença, evitando especialmente a ocorrência de mortes.
Até quarta (1º), 77,4% da população brasileira já havia tomado ao menos duas doses da vacina contra a Covid-19, segundo dados compilados pelo consórcio de veículos de imprensa. Quase 93 milhões de brasileiros já tomaram ao menos uma dose de reforço contra o novo coronavírus, e 3,5 milhões, até quatro, também de acordo com os dados do consórcio.
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