BRASÍLIA, DF - A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, diz considerar esta sexta-feira (5) um dia histórico, após a OMS (Organização Mundial da Saúde) declarar que a Covid-19 não é mais uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional.
A secretária disse à Folha que a declaração da OMS, contudo, nada muda para o Brasil. As recomendações da pasta devem continuar sendo seguidas, e as pessoas devem se vacinar contra a Covid porque o vírus Sars-Cov-2 continua em circulação.
Ethel também publicou um vídeo nas redes sociais para falar sobre o tema. "É um dia histórico, um filme que passa na minha cabeça. Mas, para todos nós do Brasil, temos que continuar seguindo as recomendações do Ministério da Saúde, nada muda nas nossas recomendações."
A indicação de que uma doença representa uma emergência de saúde global se dá por um comitê formado frente a uma possível ameaça. Os membros desse conselho se reúnem e aconselham o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, sobre a situação, se representa ou não uma emergência a nível global.
No caso da Covid, isso ocorreu em 30 de janeiro de 2020. Desde então, os membros do comitê mantinham a posição de que a infecção continuava representando um risco mundial. Isso mudou somente com a última reunião, ocorrida nesta quinta (4), em que o grupo observou que a doença não representa mais uma preocupação para a saúde pública a nível mundial.
Adhanom descreveu a decisão como esperançosa. "Eu aceitei esse conselho (do comitê). É, portanto, com grande esperança que declaro o fim da Covid-19 como uma emergência de saúde global", afirmou.
Mas o diretor disse que a doença continua representando um risco. "Com isso, não significa que a Covid-19 acabou como uma ameaça global à saúde."
Segundo ele, é necessário manter medidas já conhecidas contra o vírus, como vacinação, além de outros meios já aplicados no controle de outras doenças. "O que esta notícia significa é que é hora de os países fazerem a transição do modo de emergência para o gerenciamento da Covid-19 juntamente com outras doenças infecciosas."
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