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CPI da Covid: 'Se Pazuello vier sem habeas corpus, será diferente', diz Aziz

CPI da Covid: 'Se Pazuello vier sem habeas corpus, será diferente', diz Aziz

Para presidente da comissão, contradições que surgiram após primeiro depoimento do ex-ministro e a presença dele em ato político ao lado de Jair Bolsonaro desmoralizaram a CPI

Publicado em 25 de maio de 2021 às 20:57

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O presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM)
O presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM). (Jefferson Rudy/ Agência Senado)

O presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), aconselhou nesta terça-feira (25) o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello a obter um novo habeas corpus para o próximo depoimento que prestará ao colegiado. Para Aziz, as "mentiras" que "estão aparecendo" após a primeira oitiva do ex-ministro, durante dois dias na semana passada, e as atitudes de Pazuello, como a presença, sem máscara, no ato de domingo (23), ao lado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), desmoralizaram a CPI.

"Mentiras estão aparecendo, não sou eu que estou dizendo. Se ministro vier para cá sem habeas corpus que o proteja, não tenho dúvida que será diferente da outra vez. Não seremos desmoralizados", disse Aziz em entrevista no Senado.

O parlamentar questionou se Pazuello pediu autorização do Comando do Exército para participar e falar no ato, com aglomeração, no Rio de Janeiro, o que é proibido. "Para eu convocar Pazuello para chegar aqui (na CPI), enviei documento e liguei para o comandante do Exército. Comuniquei o superior dele e quero ver se ele (Pazuello) comunicou seu superior dele para subir lá (no trio elétrico para pronunciamento)."

Aziz avaliou que o fato de a CPI não ter prendido o ex-secretário de Comunicação da Presidência da República Fabio Wajngarten, apesar da pressão de senadores, fortaleceu e consolidou o colegiado para os próximos passos. "Se eu tivesse apreendido o Wajngarten naquele dia, não teríamos mais CPI. Não era momento. Agora a CPI está consolidada", sustentou o político.

AGENDA

O presidente da CPI da Covid negou que a comissão evite ouvir governadores sobre possíveis erros de gestão da pandemia e disse que o colegiado segue uma agenda definida previamente. A cronologia, de acordo com Aziz, previa o depoimento de ministros, de envolvidos na gestão federal da saúde e representantes de empresas de vacinas.

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"Vamos encerrar com representantes do Butantan na quinta-feira (27) e da Fiocruz na semana que vem. A partir daí, vamos entrar em outras áreas. Não estamos fugindo, estamos fazendo o que o requerimento apensado da CPI manda fazer e o requerimento de 45 senadores para investigar recursos de Estados será cumprido", disse.

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