A CPI da Pandemia recebe nesta quarta-feira Jailton Batista, diretor-executivo da farmacêutica Vitamedic, empresa que vende o medicamento Ivermectina. Sem eficiência comprovada para o tratamento da Covid, o medicamento teve um crescimento na venda em 2020 na ordem de 1.100 por cento. A solicitação para o depoimento de um representante da Vitamed foi feita pelo senador Renan Calheiros, do MDB de Alagoas, relator da CPI.
Antes do início do depoimento de hoje, o senador Rogério Carvalho (PT-SE) disse que Jailton Batista, da Vitamedic, será cobrado sobre possível aliciamento do grupo Médicos pela Vida para a prescrição do "tratamento precoce", que inclui a ivermectina, medicamento produzido pelo laboratório.
Rogério também disse que os próximos depoimentos serão importantes para acrescentar informações sobre a tentativa de intermediação de vacinas para o Ministério da Saúde.
A Vitamedic foi alvo de um requerimento de informações aprovado em junho pela CPI. De acordo com relatórios enviados à comissão, apenas as vendas da ivermectina saltaram de 24,6 milhões de comprimidos em 2019 para 297,5 milhões em 2020 — um crescimento superior a 1.105%. O preço médio da caixa com 500 comprimidos subiu de R$ 73,87 para R$ 240,90 — um incremento de 226%.
O requerimento original previa a presença de outro representante da Vitamedic, o empresário José Alves Filho. A convocação dele foi sugerida pelo relator da comissão, senador Renan Calheiros (MDB-AL). José Alves Filho já teve os sigilos telefônico, telemático, fiscal e bancário quebrados pela CPI.
Em ofício enviado à comissão, o empresário argumenta que, como acionista da Vitamedic, poderia responder apenas sobre “investimentos fabris e novas aquisições”. Ele sugere que a CPI tome o depoimento de Jailton Batista, a quem caberia “a administração das rotinas diárias” da empresa.
Fonte: Agência Senado
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