SÃO PAULO - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera as pesquisas de segundo turno feitas pelo Datafolha e ampliou a diferença em relação a seu principal adversário, o presidente Jair Bolsonaro (PL).
Lula marca 58% das intenções de voto no segundo turno, enquanto Bolsonaro chega a 33%. Na pesquisa anterior, de março, o petista tinha 55% das intenções de votos, contra 34% de Bolsonaro. A vantagem do ex-presidente, portanto, cresceu de 21 pontos percentuais para 25.
Votariam em branco ou nulo 8%, contra 10% antes, e 1% não sabe em qual deles votar --mesmo índice anterior.
Em comparação com março, a pesquisa atual mostra que, nos cenários testados, Bolsonaro se mantém estável e perde dos concorrentes, enquanto seus adversários --Lula e Ciro Gomes (PDT)-- oscilam para cima dentro da margem de erro ou crescem.
Em março, Bolsonaro havia diminuído sua distância em relação aos demais, mas agora se vê numa situação pior.
O novo levantamento do Datafolha ouviu 2.556 pessoas em 181 cidades do país nesta quarta (25) e quinta (26). A pesquisa tem margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos e está registrada no TSE com o número BR-05166/2022. A pesquisa foi contratada pela Folha de S.Paulo.
Num enfrentamento entre Bolsonaro e Ciro, no segundo turno, o pedetista bate o presidente por 52% a 36%. Em março, Ciro marcava 46%, e Bolsonaro tinha 37%. Os brancos e nulos são 10%, contra 16% na pesquisa anterior. Os indecisos seguem somando 1%.
Já entre Lula e Ciro, é o petista quem venceria no segundo turno. Lula alcança 55% contra 29% do candidato do PDT. O cenário se mantém estável em relação à pesquisa de março, quando Lula marcou 54% e Ciro, 28%.
Aqueles que votariam branco ou nulo eram 17%, contra 15% agora. Os indecisos se mantêm em 1%.
No primeiro turno, o Datafolha mostra que Lula lidera com 48%, e Bolsonaro aparece em segundo, com 27%. Ciro marca 7%, seguido de Simone Tebet (MDB) e André Janones (Avante), ambos com 2%.
Desde março, Lula oficializou a sua pré-candidatura com um evento de lançamento da sua chapa com Geraldo Alckmin (PSB). O ex-presidente também se casou com a socióloga Rosângela da Silva, a Janja, na semana passada.
No período, a pré-campanha do petista passou por uma crise de comunicação, após idas e vindas e críticas em relação a declarações de Lula, e teve o marqueteiro substituído.
Bolsonaro tem intensificado as ameaças em relação à eleição e ao STF (Supremo Tribunal Federal) nas últimas semanas. No último dia 16, afirmou que as eleições podem ser conturbadas.
No momento em que amplia os questionamentos ao processo eleitoral e faz insinuações golpistas, Bolsonaro chegou a afirmar que uma empresa contratada pelo PL irá fazer uma auditoria privada sobre o processo eleitoral.
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