As 28 crianças e a gestante vacinadas por engano contra a Covid-19 em Itirapina, cidade a 215 km de São Paulo, foram submetidas neste sábado (17) a exames. Testes sorológicos foram feitos nas crianças enquanto a mulher grávida foi submetida a ultrassom. Todas passam bem, segundo a assessoria de imprensa da prefeitura.
O envio errado de frascos da Coronavac, vacina contra a Covid-19, para um local em que estava sendo realizada a campanha de vacinação contra gripe fez com que 46 pessoas fossem imunizadas indevidamente em Itirapina.
Após detectar o erro, a Secretaria da Saúde de Itirapina procurou pessoalmente as famílias dos 46 vacinados para informar sobre o engano.
O Instituto Butantan informou que, conforme indicado em bula, a vacina Coronavac é indicada para indivíduos com 18 anos ou mais e que, no caso de crianças e gestantes expostas à vacina, não é indicada a aplicação da segunda dose do imunizante.
"Não há conclusões científicas até o momento de segurança ou eficácia da vacina adsorvida Covid-19 [inativada] na população pediátrica ou em gestantes", diz trecho da nota do instituto.
Ainda de acordo com o Butantan, é importante que, em situações como a ocorrida em Itirapina, a vigilância municipal acompanhe e colete informações individuais das gestantes e das crianças expostas.
As demais 17 pessoas vacinadas por engano são adultos. A Secretaria de Saúde afirmou que aguarda orientação da Vigilância Epidemiológica para definir se eles receberão a segunda dose da Coronavac.
Na sexta (16), a prefeita de Itirapina, Maria da Graça Zucchi Moraes, a Dona Graça (PSDB), disse que a aplicação das vacinas ao grupo de 46 pessoas foi "lamentável".
"É um fato que ocorreu, já está efetivado, pessoas receberam vacina de forma errônea. Foram para receber uma vacina e receberam outra. Isso nós não podemos mudar. Eu não quero crucificar ninguém, mas quero me solidarizar com todos aqueles que de uma forma ou de outra foram enganados na hora de receber a vacina", disse.
Ela afirmou que a prefeitura investiga como o erro aconteceu. "A gente acha imperdoável, embora não queiramos crucificar ninguém. Mas essa falta de atenção, essa displicência, talvez porque estão cansados, o pessoal vem vindo de uma jornada longa de vacinação, pode ser isso?"
Tomar a vacina errada não é um fato inédito em São Paulo. Na terça-feira (13), devido a uma falha interna de comunicação na Secretaria Municipal da Saúde, 103 agentes de trânsito da Companhia de Engenharia de Tráfego receberam por engano a primeira dose da vacina contra a Covid-19 na capital. Todos deveriam ter sido imunizados contra a gripe.
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