A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, exonerou a secretária de Igualdade Racial, Sandra Eustáquio.
A decisão foi publicada na edição desta terça-feira (22) do "Diário Oficial da União". O ministro da Casa Civil, Braga Netto, assinou a exoneração.
A secretária é mulher do youtuber bolsonarista Oswaldo Eustáquio, investigado no inquérito dos atos antidemocráticos e que chegou a ser preso neste ano por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo assessores da ministra, a mudança foi motivada por uma tentativa de evitar o envolvimento da pasta na investigação conduzida pela Polícia Federal.
O inquérito que investiga a organização de atos antidemocráticos foi instaurado em abril por determinação do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.
As operações realizadas pela Polícia Federal no âmbito do inquérito tiveram como alvo congressistas ligados ao presidente Jair Bolsonaro e militantes bolsonaristas.
Em junho, entre os alvos, estava Luís Felipe Belmonte, segundo-vice-presidente da Aliança pelo Brasil e um dos principais financiadores do novo partido de Bolsonaro.
A relação de atingidos pela ação autorizada por Moraes mistura ainda investigados em outro inquérito da corte, o das fake news, como o blogueiro Allan dos Santos.
No domingo (20), o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos), filho do presidente da República, atacou, com expressões de baixo calão, a divulgação do seu depoimento à Polícia Federal.
A Folha de S.Paulo revelou na quinta-feira (17) o depoimento de Carlos, prestado na Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro.
Na ocasião, o chamado filho 02 de Bolsonaro disse não ser "covarde ou canalha a ponto de utilizar robôs e omitir essa informação".
"Atos antidemocráticos são meus ovos na goela de quem inventou isso! Milhares vão às ruas espontaneamente e devido à meia dúzia esculhambam toda a democracia. Tentam qualificar a vontade popular como algo temerário", escreveu.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta