Pesquisa Datafolha realizada entre os dias 1º e 3 de abril e divulgada nesta segunda-feira (6), revela que cerca de 76% das 1.511 pessoas entrevistadas pelo instituto querem manter o isolamento social nos moldes atuais para conter o avanço da pandemia do novo coronavírus no Brasil. A pesquisa, que foi realizada por telefone, tem margem de erro de três pontos porcentuais para mais ou para menos.
O resultado divulgado pela pesquisa mostra discordância da maior parte da população com o que tem defendido o presidente Jair Bolsonaro, a favor da reabertura do comércio e da retomada das atividades. Apenas 18% dos entrevistados concordam com as ideias do presidente em relação ao isolamento, enquanto 6% não souberam responder.
O apoio ao isolamento é maior no Nordeste, onde Bolsonaro é historicamente menos popular. Na região, 81% das pessoas acham que o isolamento deve continuar. Já no Sul, onde Bolsonaro tem mais força entre os eleitores, o apoio ao isolamento é de 70%.
O Datafolha ainda revelou que 65% dos entrevistados concordam que o comércio não essencial deve continuar fechado durante a pandemia, enquanto 87% dizem que as aulas devem continuar suspensas.
O levantamento do Datafolha que revelou o aumento da aprovação do Ministério da Saúde, que passou de 55% para 76%, demonstrou também que a popularidade da pasta comandada por Luiz Henrique Mandetta é ainda maior entre eleitores de Jair Bolsonaro: 82% dos entrevistados que disseram ter votado no atual presidente nas eleições de 2018 avaliam como bom ou ótimo o trabalho do Ministério da Saúde durante a pandemia do novo coronavírus.
A pesquisa foi feita entre 1º e 3 de abril, mesmo período em que Bolsonaro mirou críticas à Mandetta, dizendo em entrevista que "falta humildade" ao ministro. Apesar das críticas públicas do presidente, Mandetta continuou defendendo as medidas de isolamento social e segue na contramão do Planalto.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta