> >
Datafolha: Lula amplia vantagem no Sudeste e Bolsonaro entre evangélicos

Datafolha: Lula amplia vantagem no Sudeste e Bolsonaro entre evangélicos

Petista busca usar percentuais em favor de vitória no primeiro turno, e presidente mira consolidação em segmentos

Publicado em 29 de setembro de 2022 às 22:19

Ícone - Tempo de Leitura 3min de leitura
JOELMIR TAVARES E JÚLIA BARBON
  • Joelmir Tavares e Júlia Barbon

SÃO PAULO E RIO DE JANEIRO - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem 43% de intenções de voto no Sudeste, uma diferença de 8 pontos percentuais para o presidente Jair Bolsonaro (PL), que marca 35%, de acordo com a nova pesquisa Datafolha. Na semana passada, eles eram separados por 5 pontos (41% e 36%, respectivamente).

Bolsonaro, por sua vez, ampliou a vantagem numérica entre eleitores evangélicos. Ele manteve os 50% registrados no levantamento anterior, mas viu Lula passar de 32% para 30%. A diferença, que era de 18 pontos percentuais, agora é de 20.

Lula e Jair Bolsonaro
Lula tem 43% de intenções de voto no Sudeste, contra 35% de Bolsonaro. (Reprodução de vídeo e Divulgação)

A região Sudeste, por abrigar os três maiores colégios eleitorais, virou um campo de batalha de ambos. Bolsonaro consolidou o apoio entre evangélicos ao longo da corrida eleitoral, e Lula assegurou margem superior de apoio entre mulheres e segmentos de renda menor.

No Sudeste vive uma parcela de 43% do eleitorado. A margem de erro nessa região do país, na atual pesquisa, é de 1 ponto para mais ou para menos.

No Brasil, 52% do eleitorado declara ser católico e 26%, evangélico, de acordo com o Datafolha. Outras religiões não foram incluídas porque as bases de dados são muito pequenas. A margem de erro na classificação por religião é de 2 pontos para mais ou para menos.

No eleitorado feminino, Lula assegurou apoio superior ao de Bolsonaro. Entre a semana passada e a atual, ele oscilou 1 ponto para cima — tinha 49% e agora tem 50%. O rival manteve 29% em ambos os levantamentos.

As mulheres, maioria no eleitorado, totalizam 52% da amostra coletada no levantamento. A margem de erro na segmentação por gênero é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Entre os mais pobres, que também estão em maior peso com o petista, os 57% da pesquisa anterior permaneceram, mas a diferença para Bolsonaro caiu numericamente. O presidente tinha 24% e hoje possui 26%.

A camada com renda familiar mensal de até dois salários mínimos, a mais pobre da população, corresponde a 50% da amostra. A margem de erro, nesse recorte, é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Na simulação de primeiro turno feita pelo instituto, Lula lidera, com 50% dos votos válidos, seguido por Bolsonaro, com 36%, Ciro, com 6%, e Tebet, com 5%.

O petista busca usar os percentuais dos segmentos mais favoráveis a ele para vencer já no primeiro turno. A possibilidade de o ex-presidente liquidar a disputa já neste domingo (2) é incerta. Para vencer na primeira etapa, um candidato precisa obter mais da metade do total de válidos — o critério oficial para definir o pleito, descontando nulos e brancos.

Feito entre terça (27) e quinta-feira (29), o levantamento do Datafolha tem margem de erro geral de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos. O índice de confiança é de 95%. O instituto ouviu 6.800 eleitores em 332 municípios de todo o país. A pesquisa, contratada pela Folha de S.Paulo e pela TV Globo, está registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o número BR-09479/2022.

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais