O chefe do centro de contingência contra o coronavírus em São Paulo, o infectologista David Uip, se recusou a informar se fez uso do medicamento cloroquina no tratamento contra a doença.
Uip foi questionado na tarde desta terça-feira (7), durante coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes, no Morumbi. Ele ficou afastado após diagnóstico anunciado no dia 23 de março e voltou na segunda (6) ao comando do combate à doença em SP.
O assunto virou uma questão política, com o presidente Jair Bolsonaro, entusiasta do medicamento, cobrando uma resposta de Uip. O médico já tinha se negado a responder sobre o assunto, em entrevista com o jornalista José Luiz Datena.
"Não faço isso para esconder nada, mas não quero transformar meu caso em modelo para coisa alguma", disse Uip.
"Não há nenhuma importância no que eu tomei eu deixei de tomar. Primeiro fato: eu não me prescrevi eu não me receitei, eu fui cuidado por médicos da minha confiança. Segundo: se eu tomei antibiótico, qual droga para febre, qual droga para enjoo, isso é algo absolutamente pessoal e como eu respeito meus pacientes eu gostaria de ser respeitado", afirmou.
Uip também afirmou que foi acordado com o Ministério da Saúde um protocolo que permite aos internados o tratamento com cloroquina, desde que prescrito pelo médico e que o paciente aceite. O procotolo anterior dizia que só pacientes intubados poderiam receber o remédio, disse Uip.
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