O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a defender a indicação do senador Ciro Nogueira (PP-PI) à Casa Civil como uma forma de conseguir maior espaço de governabilidade no Congresso. "Eu tenho que governar com o maior número de parlamentares", afirma, e emenda: "Se eu aleijar um grupo ou outro, eu não tenho maioria nem para aprovar leis ordinárias".
"Nós temos ministérios técnicos. Todos os Ministérios nossos, finalísticos, têm pessoas competentes. Os Ministérios políticos, alguns têm políticos, eu decidi agora por um político na Casa Civil", disse o presidente. Bolsonaro voltou a se defender das críticas às alianças que tem feito afirmando que se seu eleitorado não gosta de algum parlamentar. "Melhore no futuro, ou votou nele com que responsabilidade?", declarou em conversa hoje com apoiadores.
No discurso para aumentar sua governabilidade, Bolsonaro rebateu as críticas feitas pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em entrevista à Rádio Difusora Pai Eterno, de Goiás, na terça-feira (27), que disse que o Brasil está isolado do diálogo internacional devido às bravatas do chefe do Executivo. Lula destacou que Bolsonaro mantém relações conflituosas com países como Uruguai, Paraguai, Argentina, Chile, China, Índia, Rússia, e com o atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
Sem citar o adversário, Bolsonaro afirmou que "estamos bem com o mundo todo", e justificou: "Há poucas semanas tivemos uma vaga do núcleo permanente do conselho da ONU, e de 190 países, 182 votaram no nosso candidato". "Tá mal com o mundo?", questionou o presidente, que voltou a provocar: "Não foi voto eletrônico, não, viu pessoal".
No início do mês passado, o Brasil foi eleito para uma das vagas rotativas do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). A eleição já era esperada, uma vez que o País concorreu sem adversários entre os países latino-americanos.
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