No pedido enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) para realizar a operação nesta quarta-feira (19) que mira o ministro Ricardo Salles, a Polícia Federal informou a existência de R$ 14,1 milhões em transações financeiras atípicas envolvendo um escritório de advocacia ligado ao titular do Meio Ambiente.
Ao autorizar a ação da PF, o ministro Alexandre de Moraes fez menção a um relatório de inteligência financeira do Conselho de Controle das Atividades Financeiras (Coaf) que identificou a movimentação suspeita e disse que a informação requer "maiores aprofundamentos".
"Ressalto, por oportuno, que o RIF n. 60322.2.2536.4046 (Volume VIII) envolvendo o agente público com prerrogativa de foro (Ministro do Meio Ambiente) indicou movimentação extremamente atípica envolvendo o escritório de advocacia cujo Ministro de Estado é sócio (50%)", afirmou.
As transações atípicas, segundo descreveu Moraes na decisão, ocorreram no período compreendido entre janeiro de 2012 e junho de 2020.
"Sendo assim, tenho por atendidos os pressupostos necessários ao excepcional afastamento da garantia constitucional dos sigilos bancário e fiscal", afirmou o ministro do Supremo.
O objetivo da operação, de acordo com a PF, é apurar crimes de corrupção, advocacia administrativa, prevaricação e facilitação de contrabando que teriam sido praticados por agentes públicos e empresários do ramo madeireiro.
O presidente do Ibama, Eduardo Bim, foi afastado do cargo por decisão de Moraes.
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