O diretor-geral da Polícia Federal, Márcio Nunes de Oliveira, afirmou neste domingo (30) que é uma "verdadeira ilação" dizer que há instrumentalização do órgão em prol da candidatura à reeleição de Jair Bolsonaro (PL).
A manifestação de Nunes foi em uma ação no Supremo Tribunal Federal proposta pelo PSB, partido da coligação de Lula (PT), sobre a suposta atuação da PF em favor do presidente.
O mesmo tema é alvo de ação do PT no Tribunal Superior Eleitoral. Nesse caso, o ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE, proibiu a PF de divulgar informações sobre operações relacionadas a crimes eleitorais.
Na noite deste sábado, o relator da ação do PSB, ministro Gilmar Mendes, intimou o ministro da Justiça, Anderson Torres, a prestar esclarecimentos a respeito de operações policiais deflagradas no segundo turno das eleições que supostamente beneficiariam Bolsonaro.
Em vídeo, Torres havia afirmado que, na sexta-feira (28), foram apreendidos quase R$ 5 milhões em dinheiro, sem dar detalhes.
No ofício a Gilmar Mendes, Oliveira disse que a Polícia Federal, é uma "um órgão de Estado com reconhecimento social incontestável" e "não pode se olvidar em ressaltar considerar descabida a imputação -verdadeira ilação - dos representantes que impetraram o pedido acerca da 'instrumentalização da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal voltada a eventualmente interferir no processo eleitoral'".
"Reitera-se, com o máximo respeito e acatamento, que a Polícia Federal é um órgão de Estado e que cumpre suas atribuições constitucionais com empenho e dedicação de todos os seus integrantes, nos limites da constituição e das leis, e sempre buscando atender da melhor forma a sociedade", disse ele.
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