O desmatamento na Amazônia em janeiro deste ano caiu 61% em comparação com o mesmo período anterior. Foram 167 km² desmatados, em comparação com 430 km² em 2022. Ainda, houve queda em relação a dezembro de 2022, que registrou 229 km² derrubados.
Os alertas foram divulgados nesta sexta (10) pelo Deter, sistema do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), que divulga informações para o combate ao desmatamento em tempo real. O número confirma as reduções parciais de janeiro e é o quarto mais baixo da série histórica recente do Deter, iniciada em 2015.
A diminuição ocorre em meio ao período de chuvas na região, que dificulta a derrubada. Os números altos nesta época são considerados pontos fora da curva.
Os indicadores para janeiro são os primeiros no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que tem Marina Silva (Rede) que voltou ao comando da pasta de Meio Ambiente 15 anos depois de sua primeira passagem e em um contexto muito mais complexo para o combate ao desmatamento.
Ainda, o governo Lula precisa enfrentar o cenário deixado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para cumprir as promessas de desmatamento zero e redução de emissões, reforçadas no discurso de posse e mesmo antes dela.
As ações, como as primeiras operações do governo contra desmatamento e garimpo, têm peso na imagem do país e nas possibilidades de recursos para o combate ao desmatamento. Os Estados Unidos, por exemplo, estão considerando sua primeira contribuição para o Fundo Amazônia.
Um possível anúncio é esperado durante reunião de Lula com Joe Biden na Casa Branca nesta sexta-feira (10), disseram duas autoridades dos EUA com conhecimento direto do assunto.
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