O presidente Jair Bolsonaro participou nesta quarta-feira (25) de cerimônia do Dia do Soldado, no Quartel General do Exército, em Brasília.
No evento, o comandante do Exército, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, disse que a celebração é forma de reafirmar "o compromisso com os valores mais nobres da Pátria com a sociedade brasileira em seus anseios de tranquilidade, estabilidade e desenvolvimento".
Em meio a uma crise institucional patrocinada por Bolsonaro, a declaração do general foi feita na leitura da Ordem do Dia do Soldado. Bolsonaro não discursou.
Com o 7 de Setembro esvaziado para as Forças Armadas, sem desfiles, a comemoração do Dia do Exército nesta quarta-feira teve clima similar ao da Comemoração da Independência. Participaram do desfile 1.641 militares e 90 viaturas de diferentes divisões do Exército.
Após o evento, Bolsonaro tirou fotos e cumprimentou apoiadores. O presidente também acompanhou saltos de paraquedistas. O general Oliveira também afirmou que o Exército se mantém sempre pronto a cumprir a missão "delegada pelos brasileiros na Carta Magna".
"A defesa da Pátria e a garantia dos poderes constitucionais, da lei e da ordem são, portanto, o farol que orienta o contínuo preparo e o emprego da Força Terrestre", disse o general, que se referiu a Bolsonaro como "comandante supremo das Forças Armadas".
Interlocutores do comandante do Exército afirmaram durante a semana que ele daria recados supostamente em tom conciliatório durante o evento.
Bolsonaro acompanhou a cerimônia ao lado do presidente da Guiné Bissau, general Umaro Sissoco Embaló, um admirador declarado do brasileiro. A comitiva de Embaló chegou na terça-feira (24) em avião da FAB, enviado pelo governo Bolsonaro.
As Forças Armadas estão no centro da crise institucional entre os Poderes no governo Bolsonaro. O presidente tem feito declarações golpistas e sugerido que as eleições de 2022 podem não ocorrer, caso seja mantido o sistema de votação com as urnas eletrônicas.
Bolsonaro promoveu no último dia 10 um desfile de tanques em frente ao Palácio do Planalto horas antes de a Câmara rejeitar proposta de voto impresso, ato lido como tentativa de intimidar o Congresso.
Além disso, o ministro da Defesa, Braga Netto, defendeu a discussão sobre a mudança no sistema de votação, ampliando a crise.
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