Diante dos recentes ataques a escolas em São Paulo e Santa Catarina e de novas ameaças sendo feitas em todo o país, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, pediu ao Twitter para excluir 161 contas que usam hashtags apoando os atentados. A informação foi divulgada no último domingo (9).
Segundo o ministro, em post no Twitter, também foi solicitado ao Tik Tok a suspensão de uma conta que tem compartilhado conteúdos sobre ameaças, provocando medo na população.
O governo federal deve se reunir a partir desta segunda-feira (10) com as empresas de mídias sociais para cobrar um reforço no monitoramento de conteúdos relacionados a discurso de ódio e articulação de atos violentos em escolas. "Nesta semana vamos conduzir reuniões para que plataformas sejam chamadas a terem mais cuidado", afirmou Dino, na última sexta-feira, 7, em entrevista à GloboNews.
Dino disse acreditar na autorregulação do setor, mas afirmou que a pasta vai editar normas cabíveis para que as plataformas também ajudem nesses casos específicos. "Assim como as plataformas atuam de modo eficiente em relação ao combate à pedofilia, por exemplo, é essencial que eles também monitorem a circulação desses outros conteúdos criminosos", completou.
A atuação da pasta é a mais imediata, disse Dino, mas outra prioridade é a frente do Ministério da Educação na prevenção de ataques como o que ocorreu em Blumenau nesta semana e causou a morte de quatro crianças.
Sobre os R$ 150 milhões anunciados pelo governo para medidas de prevenção a este tipo de violência, o ministro afirma que a destinação não será definida por Brasília, mas a partir das demandas de cidades e municípios. "Certamente terão cidades que vão apresentar projetos como a ronda de veículos por escolas, enquanto outras terão necessidades maiores", afirmou.
Na quinta passada ( 6), o Ministério da Justiça e Segurança Pública anunciou o início da Operação Escola Segura, com o objetivo de realizar ações preventivas e repressivas contra ataques nas escolas de todo o país.
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