> >
Diretor-geral da OMS não comenta posicionamento de Bolsonaro

Diretor-geral da OMS não comenta posicionamento de Bolsonaro

Presidente brasileiro defende que pessoas circulem normalmente em meio à pandemia de coronavírus e distorceu afirmação do diretor da entidade

Publicado em 1 de abril de 2020 às 16:41

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, não quis comentar nesta quarta-feira (1º) o posicionamento do presidente Jair Bolsonaro sobre as medidas de contenção do coronavírus. Na terça (31) o líder brasileiro afirmou que Tedros teria defendido o fim da quarentena para evitar impactos econômicos mais profundos.

Mas não foi bem isso que o diretor da OMS falou. A declaração foi tirada de contexto e, em parte, omitida. Depois, o próprio Tedros foi ao Twitter reforçar, sem citar Bolsonaro, que o pedido é que para que governantes garantam aos mais pobres condições para cumprirem as orientações das autoridades de saúde.

Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor da OMS
Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor da OMS. (Divulgação/OMS)

Questionado diretamente sobre as declarações, durante entrevista coletiva em Genebra, na Suíça, o comandante da OMS preferiu não partir para o embate. Ficou em silêncio e sinalizou para que o diretor-executivo da entidade, Michael Ryan, respondesse à pergunta.

Ryan não mencionou Bolsonaro, mas pediu que os países adotem uma política "abrangente" contra a pandemia e preparem seus sistemas de saúde.

Na abertura da coletiva, Tedros reconheceu que, embora possam desacelerar a transmissão do vírus, as medidas de isolamento social também podem ter consequências não intencionais para as populações mais pobres.

"Instei os governos a implementarem programas sociais para garantir que pessoas vulneráveis tenham comida e outros itens essenciais durante a crise", destacou.

O diretor-geral da Organização salientou que fatores sociais e econômicos precisam ser considerados na resolução da pandemia, sobretudo em economias em desenvolvimento. "Para esses países, alívios de dívida são essenciais para permitir que eles cuidem de seus povos e evitem o colapso econômico", disse.

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais