Em entrevista concedida à imprensa na manhã desta terça-feira (14), na sede da Backer, a diretora de marketing Paula Lebbos tentou esclarecer os casos de intoxicação causados pela cerveja. A representante da empresa reafirmou a inocência da empresa e disse que a Backer sempre esteve disponível para o esclarecimento dos fatos. Até a tarde desta terça-feira (14), foram registradas 17 internações e uma morte causada após a ingestão da cerveja. Uma segunda morte também está sendo investigada pela prefeitura de Minas Gerais.
O caso chegou ao Espírito Santo após a Polícia Civil identificar a presença do dietilenoglicol em uma cerveja de rótulo "Capixaba". Apesar de não ter sido registrado nenhum caso de contaminação no Espírito Santo, a Secretaria de Estado de Saúde solicitou o recolhimento das garrafas dos lotes que foram contaminados. A diretora da Backer pediu que os consumidores não consumam a cerveja, independentemente do lote.
Ao mesmo tempo em que Paula Lebbos tentava esclarecer o caso, a fábrica localizada no bairro Olhos D'Água, na Região Oeste de Belo Horizonte, passava por uma nova vistoria, realizada pela Polícia Civil e pelo Ministério da Agricultura.
Por conta da interdição e da investigação, quase 650 funcionários da cervejaria estão afastados dos serviços. A diretora ainda afirmou que não há prazo para retomar as atividades. "Apenas alguns funcionários técnicos estão trabalhando", disse Paula Lebbos.
Durante a entrevista, ela reforçou a inocência da empresa e disse que "tudo está sendo uma surpresa assustadora para todos nós".
Segundo a representante da empresa, o dietilenoglicol nunca tinha sido usado pela cervejaria. Ela explica que a Backer nunca comprou a substância. A cervejaria entregou as notas fiscais de compras do monoetilenoglicol, que, segundo a diretora, é utilizado em centenas de cervejas no país e no mundo.
A Secretaria Nacional do Consumidor, do Ministério da Justiça, deu 10 dias de prazo para a empresa fazer uma campanha de esclarecimento. A empresa deve orientar quanto às contaminações, pontos de vendas, quais cervejas podem estar contaminadas e quais consumidores correm riscos. Segundo o secretário Luciano Timm, caso a ordem seja descumprida, a multa pode chegar a quase R$ 10 milhões.
A cerveja vendida nos supermercados do Estado era produzida no mesmo tanque e possui a mesma fórmula da Belorizontina. O rótulo era a única diferença. Apesar de nenhum caso ter sido registrado no Espírito Santo, a Secretaria de Estado de Saúde solicitou o recolhimento das garrafas dos lotes que foram contaminados.
Quanto às famílias prejudicadas, Paula Lebbos ainda afirmou que uma pessoa irá entrar em contato com as vítimas de intoxicação causada pela cerveja.
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