O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que não considera um lockdown ou fechamento absoluto do comércio em São Paulo, apesar da medida ser um mecanismo existente contra a propagação da Covid-19. Nesta segunda (30), Doria anunciou medidas mais restritivas de quarentena para conter a piora dos índices epidemiológicos da doença no Estado.
Segundo dados da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), até este domingo (29), o Estado registrava aumento de 8,9% na variação mensal de novos casos confirmados, 8,4% em novas internações e queda de 12,9% em óbitos. O comparativo considera os últimos 30 dias contra os 30 dias anteriores.
Retornam para a fase amarela as regiões atualmente na Fase 2 Verde, segunda menos restritiva: a Região Metropolitana de São Paulo bem como a Baixada Santista, Campinas, Piracicaba, Sorocaba e Taubaté. A área concentra cerca de 76% da população do Estado.
Com as mudanças anunciados hoje, o Estado volta a proibir eventos com pessoas em pé e diminui a lotação em todos os setores de comércio de 60% para 40% da capacidade total. O horário de funcionamento volta a ser restrito a 10h diárias e estabelecimentos podem funcionar até as 22h.
De acordo com a secretária estadual de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen, a próxima classificação ordinária está agendada para o dia 04 de janeiro, agora com acompanhamento semanal de todos os dados, que antes era feita com base nos dados dos últimos 28 dias.
Doria afirmou que se reúne virtualmente, amanhã (1º) às 16h, com os prefeitos de 62 municípios paulistas que apresentaram piora nos índices epidemiológicos da covid-19, em especial, das taxas de internação. Foram selecionados os municípios com mais de 70 mil habitantes que tiveram ocupação média de leitos superior a 75% ou aumento da ocupação acima de 10 pontos percentuais na comparação entre os últimos sete dias e os sete dias anteriores. O governador disse também que quer conversar com os novos prefeitos eleitos para atualizá-los das regras do Plano São Paulo de quarentena.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta