> >
Duas novas subvariantes da Ômicron são identificadas em SP

Duas novas subvariantes da Ômicron são identificadas em SP

Cepas, já conhecidas em outros países, foram detectadas pelo Instituto Butantan; amostras são da capital e de Ribeirão Preto

Publicado em 17 de novembro de 2022 às 19:53

Ícone - Tempo de Leitura 2min de leitura

ANA BOTTALLO

SÃO PAULO - Duas novas sublinhagens da variante Ômicron do coronavírus foram identificadas pela primeira vez no Brasil. As duas cepas, já conhecidas no resto do mundo, foram encontradas em amostras da capital e do interior do Estado de São Paulo.

A identificação das duas formas do vírus foi feita a partir da Rede de Alerta de Variantes do Sars-CoV-2, coordenada pelo Instituto Butantan, em São Paulo, e ligado à Secretaria de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde do Estado.

A primeira variante, conhecida como XBB.1, tem origem a partir da recombinação de duas outras sublinhagens, a BA.2.10.1 e a BA.2.75, e é considerada "prima" da BQ.1, que também foi identificada recentemente no Brasil.

Como ela vem de duas linhagens da Ômicron que tiveram uma frequência alta em alguns países da Europa, a OMS (Organização Mundial da Saúde) classifica a cepa como uma variante sob monitoramento (na sigla em inglês, VUM).

Vacina que protege contra a ômicron deve começar só em 2023
Vacina que protege contra a ômicron deve começar só em 2023. (Pixabay)

Ela foi encontrada a partir de uma amostra do vírus de São Paulo. Até o momento, 2.025 amostras dessa subvariante já foram registradas na plataforma Gisaid, que funciona como um banco de sequências genéticas do vírus.

Já a outra variante identificada foi a CK.2.1.1, a partir de uma amostra da cidade de Ribeirão Preto (a cerca de 300 km da capital). De acordo com o Instituto Butantan, as duas amostras contendo as subvariantes foram coletadas entre as semanas de 16 de outubro a 5 de novembro pelos laboratórios que integram a rede de vigilância.

A CK.2.1.1 já foi identificada em 342 amostras da Alemanha, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos e Áustria, mas é a primeira vez que foi detectada no Brasil.

No último sábado (12), a Fiocruz Amazônia divulgou a identificação de uma nova subvariante no Amazonas, a BE.9. Ela teve origem a partir da sublinhagem BA.5.3.2 da ômicron e foi responsável pelo recente aumento de casos no estado de setembro a outubro.

A BE.9 é uma linhagem "irmã" da BQ.1. Outra subvariante, a BQ.1.1, também já foi identificada no país, principalmente no Estado de São Paulo.

Em comum, essas subvariantes possuem mutações na região de ligação com o receptor das células e na proteína Spike (o gancho molecular usado pelo coronavírus para entrar no hospedeiro), o que pode estar associado ao maior escape imunológico.

Uma paciente que estava infectada com a BQ.1 morreu em São Paulo na segunda (7). Ela tinha comorbidades e estava acamada, segundo nota da Secretaria de Saúde do Estado.

Até o momento, mais testes são necessários para saber qual o tipo de escape dessas subvariantes frente às vacinas, incluindo as formas bivalentes, e se elas são mais agressivas.

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais