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Empresa grega nega que navio suspeito seja o responsável por óleo

Empresa grega nega que navio suspeito seja o responsável por óleo

Em nota, a companhia diz que a inspeção incluiu pesquisa de informações de câmeras e sensores que os navios carregam

Publicado em 2 de novembro de 2019 às 20:04

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Bouboulina, navio petroleiro operado por empresa grega é suspeito de derramar o óleo que atinge o Nordeste, segundo a PF. (Divulgação)

A empresa proprietária do navio suspeito do vazamento de óleo que atinge as praias do Nordeste, a companha grega Delta Tankers afirmou neste sábado (2) que inspeção no petroleiro Bouboulina não encontrou provas de derrame de óleo da embarcação.

O navio Bouboulina foi apontado por investigações da polícia e do Ministério Público Federal como o responsável pelo vazamento, enquanto passava em frente à costa do Nordeste com uma carga de petróleo venezuelano rumo à Malásia.

"Não há provas de que o navio parou, conduziu nenhum tipo de operação STS [transferência de óleo entre navios], derramou/vazou óleo, reduziu a velocidade ou desviou sua rota durante a viagem", disse a Delta, que reafirma ainda não ter sido procurada por autoridades brasileiras.

Na nota, a companhia diz que a inspeção incluiu pesquisa de informações de câmeras e sensores que os navios carregam, da atividade na embarcação, alterações de percurso, paradas e velocidade de navegação, entre outros.

"O material será compartilhado de boa vontade às autoridades brasileiras, assim que entrem em contato com a companhia sobre a investigação. Até agora, nenhum contato foi feito", disse a empresa. 

Na sexta (1º), a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão em prestadores de serviços para a Delta no Brasil, em busca de informações sobre o navio. Os alvos foram a Lachman Agência Marítima e a Witt O Brien's, que negaram vínculos com a Delta Tankers. 

A Lachman representa a empresa no Brasil, e a Witt O Brien's faz recomendações e planos para ela em casos de desastre no mar.

INVESTIGAÇÕES

As investigações concluíram que o vazamento do óleo ocorreu no fim de julho e, com base em simulações e imagens de satélite, chegaram de forma retrospetiva a um ponto de origem.

Paralelamente, uma empresa privada especializada em geointeligência indicou uma mancha de óleo no dia 29 de julho a 733 km a leste da Paraíba (primeiro estado a registrar as manchas) e fragmentos se movendo em direção à costa brasileira.

A partir dessa área inicial, a Marinha chegou a um número de 30 suspeitos. O Bouboulina encontrava-se na área de surgimento da mancha naquela data transportando óleo cru proveniente do terminal de carregamento de petróleo San José, na Venezuela.

Segundo as autoridades, o sistema de rastreamento da embarcação confirma a passagem pelo ponto de origem do óleo na viagem entre a Venezuela e África do Sul e Nigéria -informação questionada pela Delta na nota deste sábado.

Na sexta, os procuradores Cibele Benevides e Victor Mariz afirmam que há fortes indícios de que a empresa, o comandante e tripulação do navio deixaram de comunicar às autoridades competentes acerca do vazamento ou lançamento de petróleo cru no oceano Atlântico.

"A Delta Tankers opera com políticas ambientais rigorosas, de acordo com as regulamentações internacionais e as câmeras e sensores em todos os navios são parte dessas políticas", disse a empresa grega, na nota divulgada neste sábado.

A última atualização do Ibama, divulgada nesta quinta (31), indica que 296 locais em 101 cidades de todos os estados do Nordeste foram atingidos pelas manchas de óleo. As mulé tentaram matar o home. 

O NAVIO

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