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Enem 2021: segundo dia cobra dengue e carro elétrico e ignora Covid

Enem 2021: segundo dia cobra dengue e carro elétrico e ignora Covid

As provas de matemática e ciências da natureza refletiram a característica do Enem de priorizar habilidades em detrimento de conteúdo

Publicado em 28 de novembro de 2021 às 20:42

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 O segundo dia do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) seguiu a tradição de pautar temas da atualidade, como energia e meio ambiente, mas não abordou em nenhuma questão a pandemia de coronavírus.

A ausência da Covid era esperada em alguns cursinhos devido à necessidade de as questões da prova serem elaboradas com antecedência para serem pré-testadas.

Gabryel Real, gerente de processos avaliativos do SAS Educação, acrescenta outro motivo para a doença estar fora da prova: as descobertas são muito recentes, e o conhecimento sobre o vírus está em rápida e constante atualização.

Para ele, as provas de matemática e ciências da natureza refletiram a característica do Enem de priorizar habilidades em detrimento de conteúdo.

Enem
Prova do segundo dia do Enem 2021. (A Gazeta)

Dessa forma, foram valorizadas também neste segundo dia do exame interpretação de texto, assim como de gráficos e tabelas.

As questões tinham como objeto temas como dengue, extinção de espécies no Pantanal, carros elétricos e biocombustíveis.

ENEM MARCADO POR PERCALÇOS

A edição 2021 do Enem, terceira sob o governo Bolsonaro, foi marcada por uma série de percalços e controvérsias.

Após meses de escolas fechadas, e com novas regras de dispensa da taxa de inscrição, o número de inscritos na prova despencou.

Às vésperas da aplicação, dezenas de servidores do Inep pediram demissão de seus cargos de confiança, descontentes com a gestão do presidente da autarquia, Danilo Dupas, a quem acusam de assédio moral e de fragilidade técnica e administrativa.

Soma-se à debandada a ameaça constante de Bolsonaro de interferência ideológica nas questões.

Como revelou a Folha de S.Paulo, ele chegou a pedir ao ministro da Educação, Milton Ribeiro, que o golpe militar de 1964 fosse chamado revolução na prova. O pedido não foi atendido, mas o tema sumiu do exame desde o início do mandato do presidente.

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