O inquérito demorou mais de três meses para ficar pronto e ouviu 40 testemunhas.
Os engenheiros José Andreson Gonzaga dos Santos e Carlos Alberto Loss de Oliveira e o pedreiro Amauri Pereira de Souza foram indiciados, segundo o inquérito, porque a intervenção que fizeram em colunas do edifício no dia anterior e no dia do desabamento podem ter sido determinantes para a queda.
Imagens feitas por câmeras de segurança mostram que a reforma estava em andamento minutos antes de o prédio cair. Eles podem responder por "provocar o desabamento de construção, ou por erro no projeto ou na execução" e "por causar desmoronamento ou desabamento" com mortes.
Procurado pela reportagem, o advogado Brenno Almeida, que representa os três indiciados, disse que só vai comentar o caso quando tiver acesso aos laudos.
O laudo apresentou uma série de fatores que podem causado a queda do edifício Andrea, que tinha 40 anos de construção: uma carga extra inserida sobre o pavimento da cobertura, feita após a construção do prédio, falta de manutenção adequada ao longo dos anos, falha da empresa responsável pela reforma e de seus prestadores de serviço, falta de relatório de reforma e de escoramento das estruturas dos pilares de sustentação e técnica equivocada durante a obra nos dias 14 e 15 de outubro.
"A causa preliminar foi a maneira negligente da intervenção feita nos pilares", disse o delegado José Munguba Neto, responsável pela investigação. O inquérito agora será mandado para análise do Ministério Público e da Justiça.
Em dezembro o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT), anunciou que o terreno onde ficava o edifício Andrea será desapropriado e no local será construída uma unidade do Corpo de Bombeiros. Os moradores ganharão a isenção das dívidas com o IPTU dos apartamentos do prédio.
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