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Entidade israelita pede investigação sobre gesto nazista durante ato em SC

Entidade israelita pede investigação sobre gesto nazista durante ato em SC

Imagens mostram manifestantes bolsonaristas estenderam braço durante protesto golpista em estrada; Ministério Público informou que já está analisando vídeo

Publicado em 2 de novembro de 2022 às 16:00

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Fábio Zanini

SÃO PAULO - Principal representante da comunidade judaica brasileira, a Conib (Confederação Israelita do Brasil) pediu que sejam investigadas imagens de manifestantes fazendo um gesto semelhante à saudação nazista em São Miguel do Oeste (SC). 

O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) informou que já está analisando o vídeo para identificar as pessoas envolvidas. A apologia ao nazismo é considerada crime no Brasil. 

"Uma vez identificadas, será produzido um relatório e as informações encaminhadas para a 2ª Promotoria de Justiça da Comarca, que possui atribuição criminal, para responsabilização dos envolvidos", disse a coordenadora do Gaeco de São Miguel do Oeste, a promotora Marcela de Jesus Boldori Fernandes.

Manifestantes bolsonaristas estenderam braço durante protesto golpista em estrada de Santa Catarina
Bolsonaristas estenderam braço durante protesto golpista. (Reproução/Twitter)

Imagens que circulam em redes sociais mostram apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), muitos usando camisetas da Seleção e empunhando bandeiras do Brasil, com o braço estendido durante ato golpista numa rodovia estadual.

"As imagens de manifestantes fazendo saudações nazistas em protesto em Santa Catarina são repugnantes e precisam ser investigadas e condenadas com veemência pelas autoridades e pela sociedade como um todo", afirma a Conib.

Segundo a entidade, "o nazismo prega e pratica a morte e a destruição". "A sociedade brasileira não pode tolerar posturas como essas".

A nota acrescenta que o uso de camisas com as cores da bandeira desrespeita o passado das Forças Armadas, que combateram o nazismo na Europa durante a Segunda Guerra Mundial.

O caso também já está sendo acompanhado pelo Necrim (Núcleo de Enfrentamento a Crimes Raciais e de Intolerância).

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