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Equipe de Lula pede fechamento da Esplanada e fará rastreamento antibombas

Equipe de Lula pede fechamento da Esplanada e fará rastreamento antibombas

Medida a ser adotada a partir de sexta-feira (30) faz parte do esquema de segurança para a posse do presidente eleito

Publicado em 27 de dezembro de 2022 às 20:00

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JULIA CHAIB, VICTORIA AZEVEDO, IDIANA TOMAZELLI, CÉZAR FEITOZA E FABIO SERAPIÃO

BRASÍLIA - A equipe do presidente diplomado, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pediu ao governo federal e ao do Distrito Federal o fechamento de toda a Esplanada dos Ministérios a partir da próxima sexta-feira (30) para realizar rastreamento de explosivos e fazer a preparação do esquema de segurança para a posse, no domingo, dia 1º de janeiro.

O pedido de fechamento da Esplanada foi confirmado pelo futuro ministro da Justiça, Flávio Dino.

O presidente eleito no Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT),
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tomará posse no domingo (1º). (PETER DEJONG/AP)

Segundo a reportagem apurou, o rastreamento dos explosivos faz parte de uma série de medidas adotadas pelo governo eleito para evitar incidentes durante a posse do petista.

A equipe de transição pediu que seja decretado ponto facultativo na sexta (30). Porém, a tendência é que haja apenas a liberação dos servidores para que eles trabalhem remotamente.

Há 8.000 agentes de segurança, incluindo policiais e militares, disponíveis para garantir a proteção de Lula e do público no próximo domingo (1º). A ideia da equipe do presidente diplomado é trabalhar com o uso proporcional da força do estado, ou seja, quanto maior o risco, maior as camadas de proteção que serão colocadas em prática.

Nesta terça (27), nos preparativos para a posse de Lula, houve um ensaio da cerimônia. Militares e servidores cumpriram as etapas das cerimônias previstas para o dia 1º no Congresso Nacional e no Palácio do Planalto. Há previsão de um último ensaio geral na sexta-feira (30). Soldados fizeram um ensaio da chegada do presidente na rampa do Palácio do Planalto.

Também nesta terça (27), Dino afirmou que a equipe pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) a suspensão do porte de armas de fogo no Distrito Federal entre os dias 28 de dezembro e 2 de janeiro.

Essa seria uma medida adicional de segurança para a cerimônia de posse presidencial, após a tentativa frustrada de atentado em Brasília, por militantes bolsonaristas, e a apreensão de explosivos.

Dino disse que o pedido já foi feito e está sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes.

"Vai permitir que as forças policiais possam realizar diligências, possam apreender eventuais armamentos. E o mais importante, nesse período, caso haja o deferimento da medida, o porte configurará crime, uma vez que será um porte ilegal", afirmou Dino, ao sair de uma reunião no Centro Cultural Banco do Brasil, sede do gabinete de transição.

Mochila abandonada

Na tarde desta terça (27), a Polícia Militar do Distrito Federal foi acionada para averiguar uma mochila abandonada no Setor Hoteleiro Norte, na zona central. Após a averiguação dos policiais, a presença de explosivos foi descartada. Apenas objetos pessoais foram encontrados na mochila.

O acionamento foi feito por uma pessoa que trabalha na região. Os policiais isolaram a área à espera do esquadrão antibomba, e um robô foi utilizado para investigar o que estava dentro da mochila.

A mochila foi deixada próximo a hotéis e a um depósito de gás. Segundo a PM, a decisão de isolar a área fez parte do protocolo da polícia e ocorreu por precaução. Um porta-voz da Polícia Militar afirmou que um dos hotéis foi esvaziado.

Mochila abandonada próxima a hotel em Brasília (DF)
Presença de explosivos em mochila abandonada foi descartada. (Polícia Civil do Distrito Federal/Divulgação)

O caso acendeu alerta após um bolsonarista preso por terrorismo deixar uma bomba acoplada a um caminhão de combustível, cujo destino era o aeroporto de Brasília.

George Washington de Oliveira Sousa foi preso na noite de sábado (24) e confessou o plano de explodir o caminhão e torres de energia, para criar o "caos" que, na visão dele, levaria à "decretação do estado de sítio no país", com uma possível intervenção das Forças Armadas.

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