O ex-ministro da Justiça Sergio Moro usou o Twitter, neste domingo (17), para registrar que espera que os fatos revelados, "com coragem", pelo suplente do senador Flávio Bolsonaro, Paulo Marinho, sejam esclarecidos.
Em entrevista à colunista Mônica Bergamo, da "Folha de S. Paulo", Marinho revelou que em 2018 o próprio Flávio lhe disse que um delegado da Polícia Federal avisou que uma operação seria deflagrada. A "Furna da Onça" teve como alvo gabinetes de deputados estaduais do Rio de Janeiro, inclusive o de Flávio.
A operação relevou um esquema coordenado por Fabrício Queiroz, então assessor de Flávio. O senador passou a ser investigado pela prática de "rachadinha" ou rachid, que é ficar com parte dos salários dos próprios servidores.
Moro, ao pedir demissão do Ministério da Justiça e Segurança Pública, acusou o presidente Bolsonaro de tentar interferir na PF, principalmente na Superintendência do Rio. Foi sobre isso que Mônica Bergamo questionou Marinho e ele lembrou o episódio de 2018, avaliando que poderia ser ilustrativo.
Ainda de acordo com Marinho, o delegado da PF - cujo nome não foi revelado - disse à equipe de Flávio, então deputado estadual, que a deflagração da "Furna da Onça" foi até adiada para não atrapalhar a eleição de Jair Bolsonaro.
A operação foi às ruas em 8 de novembro, já depois do segundo turno. Queiroz foi exonerado do gabinete de Flávio em outubro, logo depois, segundo Marinho, do alerta feito pelo delegado.
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