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Estado do RJ anuncia decreto com toque de recolher entre 23h e 5h

Estado do RJ anuncia decreto com toque de recolher entre 23h e 5h

As novas medidas valerão até a próxima quinta, e haverá reuniões com prefeitos da região metropolitana e com o setor produtivo para analisá-las antes de uma possível renovação

Publicado em 12 de março de 2021 às 14:46- Atualizado há 4 anos

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Governador em exercício Claudio Castro, durante reunião com o secretariado
Governador em exercício Claudio Castro, durante reunião com o secretariado. (Rafael Campos/Governo do RJ)
Agência Brasil
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O governador em exercício do Rio, Cláudio Castro (PSC), anunciou na tarde desta sexta-feira (12), que o Estado publicará ainda nesta data um decreto com novas medidas restritivas para enfrentar a pandemia. Entre elas, o toque de recolher entre 23 horas e 5 horas, indo ao encontro do que já tinha sido adotado pela capital fluminense.

As novas medidas valerão até a próxima quinta-feira, e haverá reuniões semanais com prefeitos da região metropolitana e com o setor produtivo para analisá-las antes de uma possível renovação

Boates, casas de espetáculo e rodas de samba estão proibidas de funcionar; bares e restaurantes só podem funcionar até 23h e com 50% de ocupação, sendo que municípios podem optar por horários mais limitados - na capital, por exemplo, têm que fechar às 21 horas.

O comércio, por sua vez, deve abrir em horários escalonados, e bancas de jornal não podem vender bebidas alcoólicas. Citadas brevemente por Castro ao lado de prefeitos e de representantes da economia, as medidas devem ser mais detalhadas no decreto.

VACINAÇÃO

Na coletiva de imprensa, o governador também afirmou que o Estado trabalha para criar um plano de vacinação unificado.

Após a capital interromper o calendário de imunização por falta de doses, o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, disse que a escassez se dava por causa da ida de moradores de outros municípios a postos de Saúde do Rio.

ESCOLAS

O ponto ainda em aberto sobre as novas medidas restritivas envolve um possível fechamento das escolas. Em entrevista à TV Globo, o secretário estadual de Educação, Comte Bittencourt, disse que elas fechariam nos municípios localizados em áreas com bandeira vermelha, ou seja, aqueles em que a situação pandêmica está mais grave. Na coletiva, contudo, Castro negou a intenção.

"Acabei de ligar para ele (Comte) e falei que nós, em conjunto, decidiremos até semana que vem esse fechamento. Não iremos fechar hoje porque os prefeitos, junto com o governo, vão decidir o que fecha ou não", disse, antes de reverberar um pensamento também manifestado pelo prefeito da capital, Eduardo Paes (DEM): "Não desejo o fechamento das escolas. Elas têm que ser as últimas a fechar e as primeiras a abrir."

DISCUSSÃO COM DORIA

Na quinta-feira, 11, Castro teve atrito com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB). O tucano criticou o mandatário fluminense por não ter assinado a carta batizada de "Pacto Nacional em Defesa da Vida e da Saúde", endossada por governadores. No Twitter, ele rebateu recomendando a Doria um chá de camomila.

"Respeito o governador de SP. Reconheço sua liderança, mas acho que está fora do tom. Espero que sua atitude não seja reflexo do novo cenário eleitoral, e sim por conta do aumento de casos da Covid. Recomendo a ele um chá de camomila e que cuide de SP, porque, do Rio, cuido eu", escreveu o aliado do presidente Jair Bolsonaro.

Perguntado sobre as declarações nesta sexta, Castro voltou a criticar o posicionamento do paulista e indicou que ele faz "politicagem" com a pandemia. "A gente não faz politicagem. Quem tem falado é a técnica, ao contrário de outros por aí que fazem palanque na hora da coletiva", apontou. "Ele (Doria) não está aqui no Rio de Janeiro para saber o que está se passando. Ele não ouve nossos técnicos, nossa cadeia produtiva."

O Rio vinha sendo questionado sobre a demora em adotar medidas restritivas, enquanto outros Estados anunciavam fechamentos mais severos. Segundo Castro, só agora os técnicos ouvidos pelo governo as recomendaram, já que a situação estaria menos alarmante do que em locais como São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, os três citados por ele durante a explicação.

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