SÃO PAULO, SP - O ex-presidente Jair Bolsonaro disparou telefonemas a políticos, advogados, apoiadores e auxiliares assim que a Polícia Federal entrou em sua casa em Brasília para uma operação de busca e apreensão.
Bolsonaro estava tenso e pediu que todos se reunissem com ele em Brasília assim que possível.
Assessores e ex-auxiliares que moram em outros estados já estão tentando providenciar lugares em aviões e até mesmo jatos particulares que possam levá-los à capital federal.
O advogado de Bolsonaro, Paulo Cunha Bueno, também está voando para Brasília. Ele diz que não quer ainda se manifestar antes de conhecer os detalhes do que ocorreu na casa do ex-presidente.
A operação surpreendeu a todos, já que Bolsonaro tinha um depoimento marcado na manhã desta quarta (9), na própria Polícia Federal, para depor na investigação sobre as joias que recebeu de presente da Arábia Saudita.
"Estão brincando com fogo", diz um dos principais auxiliares de Bolsonaro, que pretende ainda falar sob a condição de anonimato.
"Estão fazendo coisas sem a menor justificativa e explicação, verdadeiros absurdos, estão querendo incendiar o Brasil", segue o auxiliar.
A PF prendeu também o coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o que é considerado grave pelo mesmo auxiliar. "A PF entrou em uma vila militar, onde o Cid vive, para prendê-lo", segue.
A operação visa combater um grupo que teria inserido dados falsos no cartão de vacina de Bolsonaro.
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