Pesquisadores da Escola de Medicina Icahn, em Nova York, nos Estados Unidos, desenvolveram um estudo apontando a eficácia da aplicação de uma única dose das vacinas da Pfizer e da Moderna em pacientes que já tiveram Covid-19. A indicação é que quem já pegou a doença desenvolveu mais rapidamente anticorpos com uma dose, até mesmo dos que nunca foram infectados e receberam duas doses.
O estudo, publicado na forma de carta e não como artigo revisado no periódico acadêmico New England Journal of Medicine, analisou 110 participantes de um teste clínico, sendo que um grupo já havia tido diagnóstico positivo de Covid-19 e outro que ainda não havia sido contaminada pelo vírus.
Os participantes que já haviam tido Covid-19 desenvolveram mais rapidamente anticorpos com uma dose, enquanto os não infectados previamente tiveram baixa resposta na criação de anticorpos até o 12º dia depois da vacinação, a sua maioria após este período.
O desempenho dos previamente infectados foi superior também ao de pessoas que receberam duas doses das vacinas adotadas na pesquisa. Neste grupo, a aplicação da 2ª dose não revelou mudanças significativas no sistema imunológico contra o vírus.
Os pesquisadores também avaliaram os efeitos colaterais. Eles foram maiores nos participantes que já haviam contraído Covid-19, mas em nenhum dos casos houve eventos adversos que levassem à hospitalização.
“Nós descobrimos que uma dose das vacinas gerou rápida resposta em participantes soropositivos [do novo coronavírus], com níveis de anticorpos similares ou superiores a participantes soronegativos que receberam duas doses. Mas se uma dose destas vacinas provê proteção efetiva em soropositivos ainda requer investigação”, concluem os autores.
O governo federal necia a compra de imunizantes das duas fabricantes. No caso da vacina da Pfizer, foi publicada uma dispensa de licitação para a obtenção de 100 milhões de doses. O Ministério da Saúde espera adquirir 30 milhões de doses com a Moderna, mas ainda espera proposta da farmacêutica.
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