SÃO PAULO - O evento oficial de estreia da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que estava previsto para a manhã desta terça-feira (16) em uma fábrica da zona sul de São Paulo, foi cancelado por questões de segurança. Equipes que fazem a proteção de Lula mencionaram a razão aos organizadores da visita. O petista visitaria a metalúrgica MWM, no bairro de Jurubatuba, às 7h.
"A segurança do Lula disse que o local não era apropriado. É comum a gente fazer assembleia lá, cabe muita gente. Mas como é uma questão eleitoral e eles que têm as informações de segurança, não podemos contestar", diz Miguel Torres, presidente da Força Sindical.
A visita havia sido acertada entre a campanha de Lula e lideranças da central sindical, que controla o sindicato dos metalúrgicos da capital.
"Eles disseram que o local não é seguro do ponto de rota de fuga, caso acontecesse alguma coisa. Foram hoje [segunda-feira (15)] fazer a vistoria. Também falaram que havia problema no acesso e coisas do tipo", completa Torres, que diz ter falado por telefone com os responsáveis pela segurança do ex-presidente.
A campanha oficialmente começa nesta terça (16). Com o cancelamento, o evento de estreia passou a ser uma visita na parte da tarde à fábrica da Volkswagen em São Bernardo do Campo (SP), que está mantida.
O local tem forte simbolismo, pelo fato de as trajetórias do PT, de Lula e da CUT estarem ligadas à cidade do ABC.
A preocupação com a segurança de Lula tem sido constante durante o atual ciclo eleitoral, especialmente após o assassinato de um militante petista por um bolsonarista em Foz do Iguaçu (PR), em julho.
A equipe da Polícia Federal que cuida da segurança de Lula enviou ofício a superintendências regionais do órgão com uma lista do que chama de "adversidades" enfrentadas para a proteção do petista nesta eleição. Em uma escala de risco de um a cinco, Lula foi enquadrado no nível máximo.
O grupo da PF cita na relação o "acesso a armas de letalidade ampliada decorrente das mudanças legais realizadas em 2019" entre os problemas a serem enfrentados ao longo da campanha eleitoral.
O documento é um pedido de apoio enviado às chefias de superintendências em estados por onde o candidato, líder nas pesquisas de intenção de voto, passou nas últimas semanas.
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