O caso das candidaturas laranjas do PSL, investigado pela Polícia Federal, bateu mais forte à porta do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Atônio, e também respinga no próprio presidente Jair Bolsonaro.
Reportagem do jornal "Folha de S. Paulo" deste domingo (06) mostra que um depoimento dado à PF e uma uma planilha apreendida em uma gráfica sugerem que dinheiro do esquema em Minas Geraisfoi desviado para abastecer, por meio de caixa dois, as campanhas de Bolsonaro e do ministro do Turismo. Os dois são filiados ao PSL.
Haissander Souza de Paula, assessor parlamentar de Álvaro Antônio à época e coordenador de sua campanha a deputado federal no Vale do Rio Doce (MG), disse em depoimento que "acha que parte dos valores depositados para as campanhas femininas, na verdade, foi usada para pagar material de campanha de Marcelo Álvaro Antônio e de Jair Bolsonaro".
Em uma planilha, nomeada como "MarceloAlvaro.xlsx", há referência ao fornecimento de material eleitoral para a campanha de Bolsonaro com a expressão "out", o que significa, na compreensão de investigadores, pagamento "por fora".
É o que registra a Folha, que desde o início de fevereiro acompanha o caso das candidaturas laranjas em Minas. Marcelo Álvaro Antônio presidia o PSL no Estado.
Ainda neste domingo, o ministro da Justiça, Sergio Moro - que comanda a Polícia Federal - postou, no Twitter, sua contrariedade com a reportagem publicada pelo jornal sobre o chefe, Bolsonaro.
"Essa análise [da planilha] demonstra indícios de que os valores pagos para produção de material gráfico para Naftali e Camila [duas das candidatas laranjas] foram utilizados para a produção de material gráfico para outros candidatos do PSL", afirma o relatório da Polícia Federal, em posse do Ministério Público de Minas Gerais.
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