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Ex-ministro da Saúde e fundador da Anvisa assinam pedido de impeachment

Ex-ministro da Saúde e fundador da Anvisa assinam pedido de impeachment

Uma série de cientistas e pesquisadores, incluindo a epidemiologista e professora da Ufes Ethel Maciel, também endossa documento que denuncia crimes de responsabilidade em meio à pandemia de Covid-19

Publicado em 5 de fevereiro de 2021 às 17:36

 - Atualizado há 4 anos

Presidente da República, Jair Bolsonaro durante coletiva à imprensa
Presidente da República, Jair Bolsonaro durante coletiva à imprensa. Crédito: Marcos Correa/PR

O ex-ministro da Saúde José Gomes Temporão, o sanitarista e fundador da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e outros cientistas, médicos, enfermeiros e profissionais da saúde assinam um pedido de impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que será protocolado nesta sexta-feira (5).

O documento acusa o chefe do Executivo federal da prática de crimes de responsabilidade durante o enfrentamento à epidemia de Covid-19 no Brasil. É o primeiro pedido de impedimento recebido pelo recém-eleito novo presidente da Câmara, o deputado Arthur Lira (PP-AL).

A solicitação aponta quatro elementos principais contra o presidente. Entre elas estão a prática de "uma campanha dolosa e deliberada contra medidas hoje mundialmente adotadas, de forma consensual, para o enfrentamento da pandemia" e a disseminação "da ilusão de tratamentos precoces" contra o novo coronavírus.

Entre os signatários do texto, está a epidemiologista e professora da Ufes Ethel Maciel.

O documento ainda acusa Bolsonaro de boicotar vacinas e interferir diretamente para impedir a compra de imunizantes e a "omissão na implantação de um plano nacional de combate à Covid-19".

"Ao invés de trabalhar de modo integrado com governadores e prefeitos, de acordo com o que mandam tanto a lógica de nosso regime federativo, quanto a específica organização política e administrativa do SUS, o sr. Jair Messias Bolsonaro escolheu fazer da pandemia um palco para sua guerra contra potenciais adversários políticos, minando a indispensável cooperação federativa, criando tensão e sabotagem onde deveria haver colaboração, instigando a revolta da população contra prefeitos e governadores", segue o documento.

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