O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, testou negativo para novo coronavírus. O magistrado fez uma pequena cirurgia no sábado (23) e, horas após a operação, apresentou sinais respiratórios que sugeriram infecção pela Covid-19. Por isso, permaneceu hospitalizado.
Em boletim divulgado na manhã desta segunda-feira (25), os médicos informam que o exame para a doença deu negativo, mas afirmaram que o teste será realizado novamente "pela possibilidade de falso negativo em função da janela imunológica".
Ainda segundo o boletim, "após medidas clínicas" adotadas diante do surgimento dos sintomas da Covid-19, o quadro de saúde do ministro encontra-se estável e ele respira sem ajuda de aparelhos. O magistrado foi internado sábado para drenagem de um pequeno abscesso.
Toffoli já havia feito um exame para Covid-19 na quarta-feira (20), que deu negativo.
No domingo (24), a assessoria do STF informou que "a princípio" Toffoli ficará sete dias de licença médica, podendo o prazo ser ampliado dependendo dos resultados dos exames. Na ausência de Toffoli, o ministro Luiz Fux, vice-presidente da Corte, ficará à frente do tribunal.
Fux já assumiu o comando do Supremo neste domingo. Ele estará em Brasília a partir desta segunda-feira (25) para conduzir os trabalhos até a volta do colega. As sessões do STF tem sido realizadas por videoconferência e Fux afirma que conduzirá as reuniões de seu gabinete na sede da corte.
O presidente do STF mantém boa relação com o presidente Jair Bolsonaro, mas tem feito uma defesa reiterada de medidas coordenada entre municípios, estados e União para o enfrentamento da pandemia no país.O chefe do Executivo, por sua vez, tem criticado o isolamento social. Decisões da corte impuseram derrotas ao presidente em relação ao embate com prefeitos e governadores.
No dia 7 de maio, Bolsonaro, em um gesto de pressão para forçar a retomada da atividade econômica, levou um grupo de empresários ao STF para relatar a Toffoli os impactos do isolamento social na iniciativa privada. Ao ouvir as demandas, Toffoli cobrou união do governo com os Poderes e os entes da Federação.
Na ocasião, ele afirmou que é necessário fazer um planejamento para a volta das atividades das indústrias."Essa coordenação, que eu penso que o Executivo, o presidente da República, com seus ministros, chamando os outros Poderes, chamando os estados, representantes de municípios, penso que é fundamental", disse o presidente do Supremo.
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