O Facebook divulgou nesta segunda-feira (23) que removeu mais de 140 mil conteúdos que violaram as regras da empresa sobre "interferência eleitoral" durante a campanha no primeiro turno no Brasil. Os posts foram deletados na rede social e no Instagram.
As publicações excluídas continham informações que tentavam influenciar o rito eleitoral, como tentativas de supressão de votos, informações erradas sobre horários de votação e de abertura das urnas. Nestas eleições, as grandes empresas de tecnologia concentraram esforços para banir a desinformação relativa especialmente às regras eleitorais, priorizando informações oficiais do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
O Facebook também diz ter rejeitado cerca de 250 mil vezes a submissão de publicações pagas sobre política ou eleições que não continham o rótulo "Propaganda Eleitoral" ou "Pago por". A empresa exige um processo de autorização em que o anunciante precisa confirmar sua identidade e residência no Brasil para realizar um impulsionamento, como é chamada a publicação paga na rede social.
A empresa também aplicou filtros em conteúdos verificados como falsos por agências de checagens ou avisos sugerindo a usuários que lessem o contexto da publicação. Figuras públicas que compartilharam informações do tipo, como a deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) e a ex-deputada federal Cristiane Brasil (PTB), tiveram posts marcados com um alerta.
O Facebook não divulga quantas pessoas públicas foram rotuladas na rede social e no Instagram durante o período eleitoral. Publicações de candidatos não passam por agências de checagens.
No Twitter, uma série de parlamentares e figuras políticas tiveram publicações acompanhadas de uma frase que dizia "essa reivindicação de fraude é contestada". No geral, eles compartilharam informações que sugeriam fraude nas eleições municipais diante do hacking sofrido pelo TSE e pela lentidão da apuração dos votos.
Além de Bia Kicis e Cristiane Brasil, também foram rotulados posts de Oswaldo Eustáquio, preso pela PF na semana passada por descumprir ordem do STF (Supremo Tribunal Federal), do deputado Filipe Barros (PSL-PR) e de Joice Hasselmann, ex-candidata à Prefeitura de São Paulo.
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