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Farmacêutica diz que Ozempic pode ficar em falta até o fim do ano

Farmacêutica diz que Ozempic pode ficar em falta até o fim do ano

Segundo a Novo Nordisk, desde 2022 foram investidos US$ 5,3 bi para aumentar produção do medicamento no mundo, mas disponibilidade tem ficado aquém do necessário; remédio tem sido usado para emagrecer

Publicado em 14 de junho de 2023 às 09:11

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Medicamento utilizado para o tratamento da diabete tipo 2, mas que passou a ser tomado com ou sem receita médica por pessoas que querem emagrecer, o Ozempic deverá ter "disponibilidade intermitente" até o fim do ano, ou seja, poderá ficar em falta em muitas farmácias. A informação é da própria farmacêutica responsável pelo remédio, a Novo Nordisk.

"Como fornecedora responsável e sempre preocupada com a saúde e segurança de seus pacientes, a Novo Nordisk comunica que todas as apresentações de Ozempic (0,25mg, 0,5mg e 1mg) no Brasil enfrentarão disponibilidade intermitente durante 2023 devido à demanda maior que a prevista", declarou a empresa, ressaltando ainda que "não há problemas de qualidade ou regulatórios com nenhuma das apresentações".

Ozempic deverá ter
Ozempic deverá ter "disponibilidade intermitente" até o fim do ano. (Reprodução)

De acordo com a Novo Nordisk, que tem sede na Dinamarca, desde o ano passado foram investidos cerca de US$ 5,3 bilhões (R$ 25,73 bilhões, na cotação atual) para aumentar a capacidade de produção do medicamento no mundo todo, mas ainda assim a disponibilidade tem ficado aquém do necessário.

A falta do medicamento em algumas farmácias coincidiu com o momento em que famosos passaram a declarar que estavam usando o Ozempic para perder peso. O remédio é indicado pela própria farmacêutica para tratar o diabetes tipo 2, mas tem sido usado contra a obesidade de maneira off label, quando a recomendação de uso está fora da bula.

"Entendemos e lamentamos a preocupação e possíveis transtornos que esta indisponibilidade temporária pode causar a pacientes com diabetes 2, seus familiares e cuidadores. Encaramos a situação de forma extremamente séria e estamos trabalhando incansavelmente para superarmos esse desafio temporário", declarou a Novo Nordisk. A empresa informou ainda que "notificou a autoridade sanitária brasileira sobre as restrições de fornecimento do produto".

O Estadão entrou em contato com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e aguarda posicionamento.

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