O novo Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado hoje (23), indica que os casos notificados de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e de covid-19 no país mantêm sinal de queda, embora em ritmo mais lento.
No entanto, segundo a Fiocruz, todas as regiões brasileiras ainda encontram-se na zona de risco e com ocorrências semanais muito altas, exceto a região Sul, que apresenta incidência menor. Entre os resultados positivos para vírus respiratórios, cerca 97,7% são em consequência do novo coronavírus.
De acordo com o estudo, 18 das 27 capitais apresentam sinal de estabilidade ou crescimento do número de casos na tendência de longo prazo. Destas, sete apresentam sinal de crescimento moderado (probabilidade maior que 75%) ou forte (probabilidade maior que 95%) na tendência de longo prazo.
Os dados de Florianópolis, João Pessoa, Macapá e Salvador apresentam sinal forte de crescimento no longo prazo. Em Florianópolis e Macapá, observa-se esse sinal nas últimas quatro semanas. João Pessoa e Salvador completam três semanas consecutivas com sinal de crescimento na tendência de longo prazo.
Nas capitais Aracaju, Fortaleza e São Luís, verifica-se sinal moderado de crescimento para a tendência de longo prazo, acompanhado de estabilização na tendência de curto prazo em Fortaleza e São Luís, e sinal forte de crescimento na tendência de curto prazo em Aracaju.
Já em Manaus, a tendência de longo prazo aponta sinal de estabilidade, com a tendência de curto prazo indicando queda. No entanto, a estimativa de casos recentes ainda se encontra acima do patamar de estabilidade registrado após o período de queda. É recomendável adoção de cautela e reavaliação nas próximas semanas, para avaliar se haverá reversão da tendência de crescimento que vinha se mantendo desde a segunda semana de agosto, disse, em nota, o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes.
Em Palmas, embora a tendência de longo prazo se mantenha com sinal moderado de queda, na tendência de curto prazo verifica-se sinal moderado de crescimento. Belém retomou sinal de estabilidade e a curva de casos indica oscilação lenta em torno de valor estável.
Segundo a Fiocruz, Campo Grande registra sinal de estabilização na tendência de curto prazo após duas semanas consecutivas com sinal de crescimento, sendo que a tendência de queda foi interrompida há cerca de quatro semanas. Com isso, a incidência estimada ainda se mantém acima dos 10 casos semanais por 100 mil habitantes, o que é considerado elevado. São Paulo manteve o sinal de estabilização, reforçando o indicativo de interrupção da tendência de queda.
No total, já foram reportados no ano 511.859 casos de SRAG, sendo 280.476 (54,8%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 157.551 (30,8%) negativos, e cerca de 42.558 (8,3%) estão aguardando resultado laboratorial. Entre os resultados positivos, 0,4% foram de Influenza A; 0,2% Influenza B; 0,4% vírus sincicial respiratório (VSR); e 97,7% Sars-CoV-2 (Covid-19).
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta