A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) esclareceu, por meio de nota publicada hoje (25), que negocia a importação de um novo lote de doses prontas da vacina AstraZeneca/Oxford, mas que ainda não foi acertado o número de doses.
A importação de doses prontas é uma estratégia adicional da fundação para adiantar a vacinação, enquanto não recebe o ingrediente farmacêutico ativo (IFA) necessário para iniciar a produção das doses no Brasil. Na semana passada chegaram ao país 2 milhões de doses fabricadas no Instiuto Serum, na Índia, que também é parceiro da AstraZeneca.
O acordo da Fiocruz com a empresa europeia e a Universidade de Oxford previa que o Instituto de Tecnologia em Imunobiolóigicos (Bio-Manguinhos) receberia em janeiro dois lotes do IFA, suficientes para a produção de 7,5 milhões de doses cada um, permitindo assim a produção das primeiras 15 milhões de doses em território nacional.
Segundo a Fiocruz, o primeiro lote do IFA está pronto para embarque na China, onde é produzido, e aguarda apenas a emissão da licença de exportação e a conclusão dos procedimentos alfandegários. Apesar disso, a previsão, ainda sem confirmação, é que a carga pode ser enviada em 8 de fevereiro.
A fundação garante que a AstraZeneca "tem tomado todas as medidas possíveis para proceder com o embarque dos ingredientes no menor prazo possível e conta com o apoio do governo brasileiro, por meio do Ministério das Relações Exteriores e Ministério da Saúde, nas conversas com as autoridades competentes para proceder com o embarque do IFA".
A programação inicial previa que, a partir de janeiro, a Fiocruz receberia um lote de IFA a cada duas semanas, totalizando 14 lotes, que seriam suficientes para produzir 100,4 milhões de doses da vacina no primeiro semestre.
A partir do segundo semestre, o acordo de transferência de tecnologia prevê que Bio-Manguinhos nacionalize a produção dos ingredientes, tornando-se autossuficiente para a produção de mais 110 milhões de doses até o fim de 2021.
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