O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou nesta terça-feira (10) que tentam criar uma "narrativa mentirosa" vinculando o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao ataque às sedes dos Três Poderes e disse que houve um ato triste e lamentável.
Filho mais velho de Bolsonaro, o senador repetiu que o pai sempre falou que jogaria "dentro das quatro linhas da Constituição" - frase usada repetidamente pelo ex-presidente durante o governo -, e está em silêncio, recolhido, "lambendo as feridas".
"Muitas pessoas tentaram vincular Bolsonaro ao que aconteceu, a esse ato triste, lamentável, injustificável na nossa Casa", afirmou durante a sessão do Senado que aprovou o decreto de intervenção federal na segurança do Distrito Federal até o fim do mês.
"Então não queiram criar essa narrativa mentirosa, como se houvesse alguma vinculação de Bolsonaro a esses atos irresponsáveis. O presidente Bolsonaro, como muitos aí já falaram, ficou em silêncio, se recolheu e está lambendo as feridas, nessa expressão que muitos estão usando. É o que ele está fazendo, praticamente incomunicável."
Como mostrou o jornal Folha de S.Paulo, na reunião de líderes desta segunda (9), Flávio criticou o ministro Alexandre de Moraes pela decisão que afastou Ibaneis Rocha (MDB) do Governo do Distrito Federal e tentou livrar o pai de qualquer responsabilidade.
O senador, segundo relatos de pessoas que participaram da reunião, ressaltou que o governador do DF foi reeleito em primeiro turno e afirmou que é um absurdo que ele tenha sido retirado do cargo por 90 dias em uma "canetada" de Moraes, de forma monocrática.
Flávio Bolsonaro também afirmou aos colegas que Bolsonaro não incentivou seus apoiadores a invadirem e vandalizarem as sedes dos Três Poderes. O senador argumentou que seu pai está nos Estados Unidos e não teve nenhum envolvimento nos atos deste domingo.
O ex-vice-presidente da República Hamilton Mourão (Republicanos-RS), senador eleito, criticou o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta terça. Ele afirmou que o governo "age de forma amadora, desumana e ilegal" ao deter mais de 1.200 pessoas.
"A detenção indiscriminada de mais de 1.200 pessoas, que hoje estão confinadas em condições precárias nas instalações da Polícia Federal em Brasília, mostra que o novo governo, coerente com suas raízes marxistas-leninistas, age de forma amadora, desumana e ilegal", disse.
"O Brasil e as pessoas detidas esperam ações rápidas dos nossos parlamentares em mandato e das verdadeiras entidades ligadas aos direitos humanos."
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