O líder da minoria na Câmara, deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ), afirmou que solicitou a convocação do filho do presidente da República e vereador pelo Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos) para prestar esclarecimentos à Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência do Congresso sobre suas supostas intenções de contratar um aparelho espião pelo governo federal.
Segundo informações do portal UOL, o vereador teria interferido na licitação que trata da contratação do programa israelense Pegasus, usado para espionar celulares e computadores. Fontes afirmam que Carlos Bolsonaro pretendia integrar o dispositivo ao Ministério da Justiça e à Polícia Federal. A licitação é avaliada em R$ 25,4 milhões.
Freixo afirmou que também acionou o Ministério da Justiça para esclarecer as intenções do vereador, que, segundo ele, pretendia "criar uma Abin Agência Brasileira de Inteligência paralela e perseguir adversários do governo e jornalistas".
Segundo fontes ouvidas pelo UOL sob anonimaro, Carlos Bolsonaro tenta diminuir o poder dos militares na área de inteligência. Ele teria articulado com o novo ministro da Justiça, Anderson Torres, para excluir o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) das negociações.
Polêmico, o programa israelense Pegasus já foi usado em alguns países do mundo para espionar celulares e computadores de jornalistas, críticos de governos e ativistas. O sistema invade dispositivos sem necessidade de interação com o usuário. Segundo analistas, permitiria o monitoramento de pessoas e empresas sem decisão judicial.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta