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Fux pede a Bolsonaro que indicação seja anunciada após saída de Marco Aurélio

Fux pede a Bolsonaro que indicação seja anunciada após saída de Marco Aurélio

O chefe da Corte visa evitar constrangimento similar ao ocorrido em outubro do ano passado, quando o chefe do Executivo indicou Kassio Nunes Marques antes de Celso de Mello deixar o tribunal

Publicado em 8 de junho de 2021 às 21:22

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Presidente do STF, ministro Luiz Fux
Presidente do STF, ministro Luiz Fux. (Fellipe Sampaio/STF)

O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luiz Fux, pediu nesta terça-feira (8) ao presidente Jair Bolsonaro que aguarde a aposentadoria do ministro Marco Aurélio, que ocorrerá no próximo dia 5 de julho, antes de indicar seu sucessor.

Com a solicitação, o chefe da Corte visa evitar constrangimento similar ao ocorrido em outubro do ano passado, quando o chefe do Executivo indicou Kassio Nunes Marques antes de Celso de Mello deixar o tribunal.

A conversa entre Fux e Bolsonaro aconteceu nesta terça na sede do STF. O encontro não constava na agenda de nenhum dos dois e ocorreu pouco depois de o Supremo marcar para a próxima quinta-feira (10) a análise de ações que contestam a decisão do governo federal de receber a Copa América no Brasil.

Segundo a assessoria do STF, porém, esse tema não foi tratado na reunião.

"O ministro Fux pediu que, por cortesia, o presidente da República aguarde a aposentadoria do ministro Marco Aurélio Mello, que será no início de julho, antes de indicar um novo nome para o cargo", informou a corte por meio de nota.

Ainda segundo o tribunal, o presidente do Supremo foi quem convidou o chefe do Executivo a visitar a sede do STF.

"Após falarem ao telefone, eles combinaram a visita e por isso não foi incluída nas agendas oficiais. O encontro durou 20 minutos e ocorreu no gabinete da presidência da corte", diz a nota.

O ministro da Advocacia-Geral da União, André Mendonça, chefe do órgão que faz a defesa judicial do Executivo no Supremo e favorito para a vaga de Marco Aurélio, não participou do encontro.

O presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Humberto Martins, e o procurador-geral da República, Augusto Aras, também disputam a vaga no Supremo. Bolsonaro tem afirmado que escolherá um nome "terrivelmente evangélico" para o tribunal.

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